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Política Nacional

Em aula sobre o PAC, Jayme Campos pede fim de debate ideológico: “Atrapalha o Brasil”

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Um debate na Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado, nesta terça-feira, 2, com a presença da ministra do Planejamento Simone Tebet, para discutir o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), levou o senador Jayme Campos (União-MT) a um forte apelo: pediu o fim do debate de cunho ideológico. Segundo ele, “esse tipo de discussão tem atrapalhado em muito” o desenvolvimento do Brasil.

Na audiência pública, a ministra apresentou, dentre outros assuntos, o projeto denominado “Rotas da Integração Sul-Americana”, planejada com a finalidade de permitir que o Brasil possa aumentar o comércio com países vizinhos por meio de rotas mais curtas e logisticamente menos custosas, diante da força das exportações e importações do país com a Ásia. A ideia, com isso, é enfrentar as desigualdades regionais que persistem no Brasil.

Ex-governador de Mato Grosso, Jayme Campos classificou o projeto como ‘arrojado’ e fundamental para o futuro do Brasil. Ele lembrou que a preocupação com a integração sul-americana vem desde os anos de 1990, quando chefiou o Palácio Paiaguás. Na época, esteve no Porto de Iquique, no Chile, avaliando os projetos de exportação. Por isso, considera os projetos dessa natureza como sendo próprio de quem assimila uma ‘visão de futuro’ para o país.

Campos ressaltou que um dos maiores problemas do país consiste exatamente na falta de planejamento. “Entra governo, quatro anos depois muda; aquilo que estava em andamento paralisa e vai ter outro foco e assim traz, com certeza, prejuízos danosos à sociedade brasileira e ao estado brasileiro”, enfatizou. Na sua avaliação, essa situação ocorre pelo extremismo ideológicos.

“Temos que superar e pensar no futuro do nosso país, sobretudo, das nossas futuras gerações”, disse. Para ele, a continuar como está hoje, o Brasil seguirá no que chamou de ‘cabo de força’ considerado “danoso” e que “traz sérios prejuízos ao Brasil para a sociedade”.

A superação do momento político, conforme o senador, reflete, inclusive, no próprio andamento dos projetos apresentados pelo Ministério do Planejamento, já que envolve aprovação de projetos de lei, melhoria da segurança jurídica e do ambiente do Estado brasileiro para atrair os investimentos. “Quando se fala de R$ 1,7 trilhão, não é dinheiro do Governo Federal”, salientou, ao destacar que a União planeja investir desse total apenas R$ 210 bilhões em três anos.

“Vamos torcer para melhorar a economia, com isso, melhorar a receita e, por conseguinte, ter mais recursos para investimentos nas obras, estabelecer prioridades e não fazer politicagem”.

Ferrovias – Jayme Campos também endossou as reivindicações das senadoras Margareth Buzetti (PSD-MT) e Rosana Martinelli (PL-MT) sobre a Ferrogrão, que, segundo ele, “todo mundo está careca de saber” de sua importância. Ele enfatizou que a implantação desse empreendimento significa “a realização de um sonho” dos mato-grossenses e do setor produtivo. Apesar da boa vontade, no entanto, o projeto se encontra ‘travado’ no Supremo Tribunal Federal (STF) por conta de uma ação judicial que envolve o Parque Nacional do Jamanxim (PA).

Ao encontro da proposta de integração, Jayme também cobrou agilidade na consolidação da BR-158, no Vale do Araguaia, que, segundo ele, representa uma dívida histórica do Governo Federal com Mato Grosso desde a época da divisão do Estado, ocorrida em 1977.  Questões de ordem burocráticas, no que diz respeito as licenças ambientais e de componentes indígenas dificultam a consolidação dessa rodovia.

Por outo lado, Jayme Campos lamentou o fato de hidrelétricas terem sido autorizadas a se instalar ao longo dos rios Juruena e Teles Pires sem eclusas que poderiam permitir o avanço hidroviário e mais um modal de escoamento da potente safra de Mato Grosso que é impedida de crescer pela falta de bom senso e planejamento necessário. “Foi um escárnio aquilo”, disse.

Fonte: Política MT

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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