A Finlândia vai passar a integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a partir desta terça-feira (4). O processo de adesão se arrastava por meses, principalmente devido à resistência dos governos da Hungria e Turquia .
No ano passado, a Finlândia e a Suécia entraram com um pedido para passar a fazer parte da aliança militar , após a invasão russa ao território ucraniano.
Após meses de impasse, os Parlamentares da Hungria e Turquia deram sinal verde para a adesão. Para que um país passe a fazer parte da Otan , é necessário que a candidatura seja confirmada pelas 30 nações que formam o grupo.
O anúncio da decisão foi feito pelo secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg: “Amanhã daremos as boas-vindas à Finlândia como trigésimo primeiro integrante”, disse Stoltenberg, confirmando que a bandeira do país será içada na sede da Otan, em Bruxelas.
O processo da entrada da Suécia , por outro lado, continua bloqueado pelos governos dos dois países, que são acusados de favorecer os interesses russos. A entrada dos países nórdicos à organização vai permitir aumentar a zona de influência da Otan para as fronteiras nórdicas do território russo.
O governo da Hungria vinha sendo pressionado pelos aliados da Otan para aprovar os dois pedidos de adesão até o próximo encontro da aliança, em julho deste ano. O Parlamento em Budapeste ainda não tem data para analisar o pedido sueco.
“Todos os sinais e nossa esperança apontam para uma relação baseada em respeito mútuo”, disse o secretário do Ministério do Exterior, Tamas Menczer, aos parlamentares, sobre a Finlândia. Na ocasião, ele disse que a Hungria não recebeu as mesmas garantias da Suécia.
Na Turquia, o presidente, Recep Tayyip Erdogan , mantém a oposição à entrada da Suécia na Otan, sob o argumento de que o país nórdico não faz esforço suficiente para combater grupos classificados como terroristas pelo governo turco.
“Não vejo motivo para o adiamento, mas sabemos que cada país toma suas próprias decisões”, afirmou o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, após reunião com primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán , no mês passado.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.