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BRASIL

Eletronuclear instala internet em aldeias e quilombos na Costa Verde

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A Eletronuclear concluiu a instalação de internet em seis aldeias indígenas e três quilombos nos municípios de Angra dos Reis, Paraty e Rio Claro, na Costa Verde fluminense. O projeto se insere no programa socioambiental da empresa, responsável pela gestão e construção das usinas nucleares no Brasil, e atende condicionante estabelecida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a licença de operação da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis. No total, 578 famílias foram contempladas pela iniciativa nas nove comunidades.

“Eu acho que é importante isso [instalação de internet] para a própria inserção das comunidades no mundo. São aldeias e quilombos isolados que precisam ter acesso à internet. Nós identificamos essa questão, foi uma iniciativa nossa, e que também acabou passando pelo Ministério Público Federal quando de uma audiência, que está em discussão, pelo não cumprimento de condicionantes ambientais. Nós colocamos que estamos trabalhando e conseguimos realizar com sucesso, apesar das dificuldades, a instalação de internet nessas aldeias indígenas e quilombos”, disse nesta quinta-feira (20) à Agência Brasil o presidente da estatal, Eduardo Grand Court.

Grand Court destacou que uma aldeia, em Mamangá, em Paraty, quase na divisa com São Paulo, não era sequer servida por energia elétrica. A Eletronuclear conseguiu com o fornecedor a instalação de placa solar e baterias para poder atender aquela aldeia específica com internet.

Renovação

Os trabalhos foram iniciados em 19 de junho deste ano nas aldeias Karai-Oka, Itaxi-Mirim, Itaxi Kanaa Pataxó e no quilombo Campinho da Independência, em Paraty. No dia seguinte, a internet foi instalada na aldeia Rio Pequeno, na mesma cidade, e no quilombo Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis. No dia 22 do mesmo mês, foi contemplada a aldeia Sapukai, localizada na Terra Indígena Guarani do Bracuí, também em Angra dos Reis. No começo de julho, o serviço chegou à aldeia Arandu-Mirim, em Paraty, e ao quilombo Alto da Serra do Mar, em Rio Claro.

O serviço de internet é ilimitado nas nove comunidades, além da sua manutenção durante cinco anos. Após esse período, a iniciativa será renovada visando suprir uma lacuna do Poder Público, explicou Grand Court.

Rio de Janeiro, 20/07/2023, Matéria sobre inclusão digital de povos tradicionais da Costa Verde fluminense. Foto: Divulgação Rio de Janeiro, 20/07/2023, Matéria sobre inclusão digital de povos tradicionais da Costa Verde fluminense. Foto: Divulgação

Inclusão digital de povos tradicionais da Costa Verde fluminense – Foto: Divulgação

Oportunidades

A falta de internet foi identificada quando representantes das comunidades não puderam se deslocar das aldeias e quilombos para comparecerem a uma audiência, nem tinham meios de participação por videoconferência.

Um dos beneficiados é Benedito Bernardo Leite, 79 anos de idade, integrante do quilombo Alto da Serra do Mar, em Lídice, distrito de Rio Claro. “Estou aqui desde 1958 e nunca imaginei ter uma oportunidade como essa, de poder falar com quem eu quiser. Tenho 37 netos e bisnetos. Hoje, a gente vai evoluir. Para as crianças, vai valer muito”, comemorou.

Para a vice-cacique da aldeia Karai-Oka, Marcia Parai da Silva, que dá aulas na comunidade, a internet será de grande valia. “Eu fiz o ensino médio e o magistério em Santa Catarina. Precisei sair daqui para estudar. Hoje, faço faculdade de Pedagogia à distância. A internet vai me ajudar bastante. Eu quero expandir o meu conhecimento para atender a minha aldeia, meus alunos. Estou muito feliz por isso”, disse.

O projeto da Eletronuclear contribui também para a preservação da cultura e língua dos povos tradicionais, permitindo compartilhamento e preservação das tradições e idiomas típicos, além de oferecer oportunidades profissionais para os quilombolas e indígenas, que costumam vender produtos artesanais para geração de renda.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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