Edmundo Pacheco | especial para o Portal Pensar Agro
Nesta sexta-feira (17.11) serão realizadas as eleições para a nova diretoria do Sistema Confea/Crea. Este ano as eleições serão totalmente virtuais, no período de 8h às 19h, no horário de Brasília-DF. Podem votar todos profissionais registrados e em dia com as obrigações perante a entidade.
A eleição é para os cargos de Presidentes do Confea; Presidentes dos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas); Conselheiro Federal e seus suplentes representantes das Modalidades e dos Grupos/Categorias, nos seguintes estados: Espírito Santo (Agronomia); Goiás (Elétrica); Pernambuco (Agronomia); Rio Grande do Norte (Civil); São Paulo (Industrial); Conselheiro Federal representante de Instituições de Ensino Superior pertencente ao Grupo Engenharia; Diretores Gerais e Diretores Administrativos das Caixas de Assistência dos profissionais dos Creas (“Mútuas Regionais”).
Sete candidatos participam do pleito: Francisco Antônio Silva de Almeida – Engenheiro Agrônomo; Alírio Ferreira Mendes Junior – Engenheiro Civil, de Segurança do Trabalho e Ambiental; Amaury Pinto de Castro Monteiro Junior – Engenheiro Civil; Jocélio Cabral Mendonça – Engenheiro Civil; Maria de Fátima Ribeiro Có – Engenheira Civil; Nélio Alzenir Afonso Alencar – Engenheiro civil; e Vinícius Marchese Marinelli – Engenheiro de Telecomunicações.
Veja a seguir, como votar nas eleições do Sistema Confea:
DESTAQUE – Apesar dos excelentes currículos de todos os candidatos, o destaque neste ano vem sendo Francisco Almeida, pela sua vasta experiência na gestão pública e privada, e pela gestão quem vem fazendo na presidência da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea .
Almeida foi presidente do Crea-GO por quatro mandatos e destaca os resultados e inovações de sua atuação como gestor.
Para o candidato, o Confea, como órgão máximo das profissões, deve posicionar-se de forma pública e influenciar questões ligadas à área, visando o bem-estar social e o desenvolvimento sustentável do país.
Ele ressalta a importância de garantir o respeito aos princípios éticos e técnicos, além de zelar pela informação e proteção da sociedade. O candidato enfatiza a necessidade de uma gestão mais ampla e holística para enfrentar os desafios contemporâneos.
Entre suas propostas, destaca-se o foco na valorização dos profissionais no mercado de trabalho, na expansão da empregabilidade e na melhoria da capacitação profissional.
Almeida defende o fortalecimento da interação com a sociedade e o estímulo a novas ideias e lideranças no Sistema e nas entidades de classe. Ele salienta a importância da aproximação do Sistema das Instituições de Ensino para combater a baixa qualidade na formação acadêmica.
Almeida busca também mudar a percepção do Sistema, não apenas como um órgão que cobra taxas, mas como um parceiro essencial para os profissionais, oferecendo suporte e soluções.
Propõe a modernização de processos e tecnologias, como a integração de bases de dados, uso de inteligência artificial e a simplificação de procedimentos, visando maior eficácia no uso de recursos e no combate ao exercício ilegal da profissão.
Destacando sua gestão na Mútua, Almeida ressalta o papel crucial desta instituição no apoio ao desenvolvimento e segurança socioeconômica dos profissionais, especialmente após seu período de liderança, quando a Mútua se tornou um ente atuante e forte no Sistema.
ENTREVISTA – Em entrevista ao Pensar Agro, Francisco Almeida falou sobre os muitos benefícios que a Mútua oferece para os profissionais e sobre o futuro da engenharia. “É importante discutir esse novo momento; temos que sair da casinha, temos que buscar a excelência, temos que buscar a industrialização, temos que evoluir”, pregou Francisco Almeida.
Os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) seguem em ritmo acelerado de crescimento, consolidando-se como uma alternativa promissora para o agronegócio dentro do mercado de capitais. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, desde a criação dos Fiagros em 2021, o patrimônio desses fundos multiplicou-se quatro vezes, alcançando R$ 41,7 bilhões até agosto de 2024. Apenas neste ano, o setor registrou um aumento de 5,3%, comparado aos R$ 38 bilhões registrados em dezembro de 2023.
Os Fiagros vêm atraindo atenção por permitirem que investidores se exponham ao setor agroindustrial brasileiro, diversificando suas carteiras com potencial de retorno financeiro. Entre agosto de 2023 e agosto de 2024, o número de Fiagros aumentou 58%, chegando a 116 fundos ativos no mercado. Esse avanço reflete a popularidade crescente desses fundos, que são beneficiados por incentivos fiscais e regulamentações favoráveis, fatores que também contribuíram para o fortalecimento do setor desde sua criação.
Além dos Fiagros, outros instrumentos financeiros ligados ao agronegócio também mostram desempenho positivo. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) cresceram 6,1%, totalizando R$ 487 bilhões, enquanto as Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentaram expressivos 33,5%, somando R$ 398 bilhões. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) também registraram crescimento de 14,9% e 25,8%, respectivamente.
Apesar do cenário promissor, o mercado de Fiagros enfrenta desafios, como a alta taxa de juros e os impactos de eventos climáticos, que afetam o fluxo de caixa dos produtores e elevam o risco de crédito. Outro fator observado é a queda nos dividendos, que hoje se aproximam dos valores de fundos imobiliários tradicionais, com uma diferença de apenas 0,8%, comparada aos 2,2% em 2023.