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Eleições na Turquia: Erdogan apela para ‘compra’ de votos e fake news

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Reprodução/Twitter
Erdogan domina o cenário político da Turquia desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro, em 2003

À medida que a Turquia se prepara para as eleições deste domingo, o presidente Recep Tayyip Erdogan intensifica sua campanha, após figurar números baixos nas pesquisas eleitorais do país.

Uma das promessas tardias do presidente autoritário e conservador é distribuir gás natural gratuito para os cidadãos turcos e aumentar salários dos funcionários públicos.

O nível de desespero chegou a tal ponto que Erdogan disse aos eleitores que o país descobriu minas de petróleo, algo que não confirmado, nem divulgado por fontes oficiais turcas.

Aumento de salários uma semana antes da eleição

Seis dias antes das eleições na Turquia, o presidente Recep Tayyip Erdogan aprovou um enorme aumento salarial para 700 mil funcionários do setor público. A medida prevê aumento em 45% e deve entrar em vigor em junho.

As pensões para veteranos e parentes de vítimas do terrorismo também terão aumento de 10%. As medidas eleitoreiras visam claramente atingir eleitores ainda indecisos que podem fazer a diferença na disputa acirrada.

Um dos pontos centrais da campanha de Erdogan é um ambicioso plano de reconstrução que visa recuperar as áreas afetadas pelos recentes terremotos. O presidente prometeu construir centenas de milhares de casas para aqueles que foram deslocados pelas catástrofes naturais.

Uso de fake news é uma estratégia que se tornou padrão dos líderes de extrema direita no mundo

Erdogan também exibiu um vídeo deepfake de um comício em Istambul, onde mostra supostos militantes curdos banidos pelo seu governo – expressando apoio ao seu principal oponente, Kemal Kilicdaroglu . Amos são frequentemente retratados como inimigos do Estado.

Divulgação
O principal nome para vencer Erdogan é Kemal Kilicdaroglu

Erdogan alegou que o vídeo é de extrema importância, apesar de ser uma manipulação. Mas, por outro lado, agências de verificação de fatos identificaram a disseminação de desinformação tanto por Erdogan quanto pela oposição, incluindo o uso de vídeos deepfake falsos , que eles rotularam como “cheapfakes” .

Erdogan também recebeu uma cobertura midiática muito maior em comparação com seu oponente, o que levanta preocupações sobre a equidade do processo eleitoral.

Democracia parlamentar e controle da mídia

A oposição, liderada por Kilicdaroglu, promete trazer mudanças significativas. Eles se comprometem a revitalizar o país através de reformas políticas, incluindo um retorno à democracia parlamentar.

O resultado dessas eleições será um reflexo da polarização na Turquia e pode marcar uma vitória para a política da pós-verdade , se Erdogan for reeleito.

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Fonte: Internacional

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