Em meio ao rescaldo dos ataques da Ucrânia à região fronteiriça de Belgorod, a Rússia segue com as urnas abertas para as eleições que deverão confirmar a reeleição do atual presidente, Vladimir Putin.
Kiev lançou fortes ataques contra a região no último dia, deixando dois mortos, um homem e uma mulher, segundo o governo local.
As autoridades decidiram fechar os centros comerciais no fim de semana e as escolas até a próxima terça-feira (19).
O Ministério da Defesa russo disse que as forças repeliram novas tentativas de “infiltração de grupos de sabotagem ucranianos” na região.
Ainda de acordo com o governo, os dados oficiais das eleições presidenciais relatam percentagens muito altas de votantes nas partes das quatro regiões ucranianas ocupadas pelos russos ao final do primeiro dos três dias de votação.
Segundo a agência Ria Novosti, na região de Donetsk, mais de 69% dos eleitores votaram, na de Lugansk, 36%, na de Zaporizhzhia, 55%, e na de Kherson, quase 69%.
Com Putin, disputam apenas três parlamentares que não são grandes opositores do Kremlin, garantindo que o atual líder renove o poder para um quinto mandato.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, declarou em entrevista à Tass que “os países ocidentais tentaram de todas as formas boicotar as eleições presidenciais na Rússia, inclusive com o uso de agentes de influência ou simplesmente mercenários” entre as fileiras da oposição, mas não conseguiram.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.