A União Europeia declarou na noite da última segunda-feira (6) que a reeleição de Nayib Bukele como presidente de El Salvador “é clara”, apesar de o resultado das urnas ainda não ter sido oficializado devido a um problema na transmissão dos dados eleitorais.
Em declaração oficial, um porta-voz do Serviço de Ação Externa (SEAE) confirmou que as eleições presidenciais do último domingo (4) ocorreram “de forma pacífica, em ordem e produziram um resultado claro”.
A UE também “felicita” o povo salvadorenho pelo seu “compromisso com a democracia” e diz estar “ansiosa para trabalhar nas prioridades compartilhadas” com Bukele.
O bloco acrescenta que “continua empenhado em apoiar El Salvador no seu caminho de modernização rumo ao desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo e em consolidar melhorias em termos de segurança, reforçando um bom governo, Estado de direito e inclusão social”.
Considerado polêmico por causa de suas políticas adotadas em seu primeiro mandato, como estado de exceção, demissões por redes sociais e até um programa controverso de combate ao crime organizado, Bukele se declarou vencedor das eleições presidenciais com 70% das urnas apuradas.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral de El Salvador, o partido do político de 42 anos tinha 83% dos votos.
A vitória também foi celebrada pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que parabenizou Bukele e disse esperar trabalhar com ele e seu vice-presidente, Felix Ulloa, a partir de quando tomarem posse em junho.
Em nota, o norte-americano também destacou a importância do “vínculo regional” com El Salvador e, “olhando para o futuro”, afirmou finalmente que os EUA “continuarão a dar prioridade ao bom governo, à prosperidade econômica inclusiva, às garantias de julgamentos justos e aos direitos humanos”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.