Maior cotada para substituir Joe Biden na corrida presidencial dos Estados Unidos , a vice-presidente Kamala Harris se tornou o principal alvo do Partido Republicano nos últimos dias. A estratégia de atacar a democrata ficou escancarada durante a Convenção Nacional Republicana , no início desta semana, quando Donald Trump foi oficializado o representante dos republicanos no pleito de novembro de 2024.
Na ocasião, Harris chegou a ganhar a alcunha de “czar da fronteira”. Isto porque, na visão de membros do Partido Republicano, o alto fluxo de imigrantes nos EUA é de responsabilidade da vice-presidente. De acordo com lideranças republicanas, o aumento de estrangeiros ilegais está aumentando a insegurança no país.
“Por mais de um ano eu disse que o voto no Biden era um voto na Kamala Harris. Depois do debate, todo mundo sabe que isso é verdade. Se nós tivermos mais 4 anos de Biden ou um dia de Harris, nosso país vai ficar na pior”, disse a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley.
Ao longo de seu discurso na convenção, nesta terça-feira (16), Nikky Haley, que disputou as primárias republicanas contra Trump, fez um discurso alarmista contra Kamala Harris. ” Kamala tinha um trabalho, só um: consertar a fronteira. Imagina o que ela pode fazer governando todo o país”, acrescentou.
Mas não foi apenas a ex-governadora da Carolina do Sul que dirigiu duras críticas contra a atual vice-presidente do país. O deputado Tom Emmer, de Minnesota, também citou a falta de segurança ao falar de Harris. “Quando Minneapolis estava em chamas e as empresas estavam em ruínas, Kamala Harris incentivou e permitiu os criminosos e os desordeiros”, apontou.
Já Mike Rogers, candidato ao Senado no Michigan, declarou que “nunca tinha visto nada como a política de fronteira aberta de Biden-Harris”. Enquanto isso, o senador republicano Eric Schmitt, do Missouri, acusou a Casa Branca de abrir a fronteira “para terroristas e para criminosos”.
Favorita
O nome de Harris ganhou ainda mais força entre os democratas após o péssimo desempenho de Biden no debate com Trump na CNN. Nas redes sociais, ela ganhou uma onda de apoio entre os eleitores. Oficialmente, porém, ela se mantém ao lado de Biden.
Apesar disso, segundo um levantamento do Centro de Pesquisa de Assuntos Públicos AP-NORC, aproximadamente 65% dos eleitores democratas pedem a saída de Biden das eleições – a votação acontece em 5 de novembro deste ano.
Publicamente, diversos congressistas do partido e até veículos de comunicação apoiam a desistência do presidente do pleito. O principal motivo é o debate sobre a acuidade mental do político de 81 anos, que vem cometendo gafes em suas últimas aparições públicas.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.