O Egito reabriu a fronteira no posto de Rafah nesta quinta (9), liberando a passagem para cerca de 4.100 pessoas que já haviam sido autorizadas a deixar o local nas seis primeiras listas, mas não divulgou uma sétima de estrangeiros autorizados a sair do território.
A região tem sido alvo de uma operação militar, após os ataques terroristas do Hamas no território israelense, há cerca de um mês. A passagem de Rafah, controlada pelo Egito, chegou a ser interditada em duas ocasiões anteriores (em 4 e 5 de outubro), mas por razões diferentes.
Primeiro, o Egito havia protestado contra o bombardeio de uma ambulância por Israel, que alegou o transporte de terroristas no veículo, escondidos entre feridos para serem evacuados no Egito. Na segunda ocasião, ambos os lados concordaram que havia integrantes do Hamas em veículos enviados do norte de Gaza para o Rafah. O Hamas não comentou o segundo episódio, mas afirmou que, no primeiro, as ambulâncias carregavam civis.
As listas são responsabilidade do Egito, mas elaboradas em conjunto com Tel Aviv (Israel), Washington (EUA) e Doha (Catar), mediadores do processo. Até o momento, os mais favorecidos nas passagens foram os norte-americanos, maiores aliados dos israelenses desde o início do conflito: cerca de 1.200 deixaram a região, dos 7.500 americanos elegíveis.
O embaixador israelense no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, divulgou mensagem na quarta negando que Israel vete brasileiros: “O Estado de Israel está empregando esforços para evacuar todos os estrangeiros de 20 países diferentes de para aumentar a cota de forma a compensar o atraso causado pelo Hamas. Está fazendo tudo que está ao seu alcance para articular a saída dos brasileiros de forma segura e o mais rápido possível”.