O Egito reabriu a fronteira no posto de Rafah nesta quinta (9), liberando a passagem para cerca de 4.100 pessoas que já haviam sido autorizadas a deixar o local nas seis primeiras listas, mas não divulgou uma sétima de estrangeiros autorizados a sair do território.
A região tem sido alvo de uma operação militar, após os ataques terroristas do Hamas no território israelense, há cerca de um mês. A passagem de Rafah, controlada pelo Egito, chegou a ser interditada em duas ocasiões anteriores (em 4 e 5 de outubro), mas por razões diferentes.
Primeiro, o Egito havia protestado contra o bombardeio de uma ambulância por Israel, que alegou o transporte de terroristas no veículo, escondidos entre feridos para serem evacuados no Egito. Na segunda ocasião, ambos os lados concordaram que havia integrantes do Hamas em veículos enviados do norte de Gaza para o Rafah. O Hamas não comentou o segundo episódio, mas afirmou que, no primeiro, as ambulâncias carregavam civis.
As listas são responsabilidade do Egito, mas elaboradas em conjunto com Tel Aviv (Israel), Washington (EUA) e Doha (Catar), mediadores do processo. Até o momento, os mais favorecidos nas passagens foram os norte-americanos, maiores aliados dos israelenses desde o início do conflito: cerca de 1.200 deixaram a região, dos 7.500 americanos elegíveis.
O embaixador israelense no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, divulgou mensagem na quarta negando que Israel vete brasileiros: “O Estado de Israel está empregando esforços para evacuar todos os estrangeiros de 20 países diferentes de para aumentar a cota de forma a compensar o atraso causado pelo Hamas. Está fazendo tudo que está ao seu alcance para articular a saída dos brasileiros de forma segura e o mais rápido possível”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.