Edival Pontes, o Netinho, garantiu nesta quinta-feira (8) a primeira medalha do Brasil no taekwondo desde o Rio-2016. Nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o brasileiro derrotou o espanhol Javier Pérez Polo na disputa pela medalha de bronze na categoria até 68 kg. Com o triunfo, por 2 rounds a 1, ele conquistou o terceiro pódio do País na modalidade. Com isso, o Brasil chegou a 16 medalhas garantidas na França.
Antes de Netinho, Natália Falavigna (até 67 kg) em Pequim-2008 e Maicon Siqueira (mais de 80 kg) no Rio-2016 colocaram o taekwondo no quadro de medalhas do Brasil. Ele chegou para a disputa do bronze após perder para Zaid Abdul Kareem, da Jordânia, e se garantiu na disputa pelo terceiro lugar após seu algoz se garantir na decisão da categoria. Na repescagem, eliminou Hakan Reçber, da Turquia – adversário que o tirou da disputa em Tóquio, em 2021.
“Foi muito difícil. Primeiramente, desde o começo, na Paraíba, sempre foi difícil o apoio ao esporte. O Nordeste tem muitos talentos, do boxe, na luta, mas não tem para uma coisa tão legal (taekwondo). Graças a Deus eu estou em uma boa equipe, sempre representando João Pessoa, minha Paraíba. Não tenho palavras para dizer o quanto amo aquela terra” , afirmou Netinho, à TV Globo, após conquistar o bronze.
Em um duelo muito estudado no primeiro round, Netinho ficou atrás na maior parte do assalto, depois de receber um golpe no tronco, mas se recuperou na reta final, com um chute na cabeça de Polo e garantiu a vantagem, com empate por 3 a 3. No segundo assalto, novamente o espanhol começou melhor no embate contra o brasileiro, respondendo com um golpe na cabeça ainda no início; na sequência engatou um acerto no tronco. Netinho ainda acertou um golpe na cabeça do rival, mas não conseguiu se recuperar no assalto, que terminou com a vitória por 6 a 4 do espanhol.
No round decisivo, Netinho manteve a calma e dominou o espanhol, com dois chutes no tronco na sequência, abrindo o placar em 4 a 0. Na reta final, contou com a estratégia da comissão técnica e, à frente no placar, optou por segurar a luta e esquivar dos golpes de Polo. Recebeu três punições, mas garantiu a vitória por 4 a 3 e a medalha de bronze para o Brasil .
Esta é a segunda Olimpíada de Netinho, que já havia disputado os Jogos Olímpicos de Tóquio, sendo eliminado nas oitavas de final. No Pan-Americano, ganhou o ouro em 2019 (individual, até 68 kg) e 2023, por equipes. Natural da Paraíba, Netinho começou no esporte aos cinco anos, mas no futebol; dois anos depois, se apaixonou pelo taekwondo e pela arte marcial.
Netinho teve de lidar com uma batalha judicial poucos meses antes da disputa dos Jogos. Suspenso após um resultado adverso em exame de doping em novembro de 2023. A substância apontada no exame de doping não foi revelada, mas sua defesa no caso conseguiu diminuir a suspensão, e em janeiro ele já estava de volta. Quando conseguiu a classificação olímpica, em abril deste ano, destacou as provações que teve pelo caminho.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.