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MATO GROSSO

Edital do Governo de MT contribui com a preservação de imóveis culturais e históricos

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Preservar patrimônios materiais e imateriais de um povo é valorizar a história daquela nação. Em Mato Grosso, a preservação faz parte das políticas públicas do Governo do Estado, que, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), garante a recuperação de imóveis tombados que marcaram a história e a cultura do povo mato-grossense.

“Preservar o patrimônio é importante pela sua relevância científica e cultural, pelo sentimento de pertencimento e de identidade que desperta em um povo. E quando falamos em preservação patrimonial, estamos falando das edificações, dos saberes, das tradições, das obras de arte e muitas outras expressões culturais. Preservar o patrimônio permite olhar para o passado e o presente para pensar no futuro”, destacou o secretário adjunto de Cultura, Jan Moura.

Atualmente, Mato Grosso possui 110 bens tombados, distribuídos em 33 municípios. Do total, 105 são classificados como materiais e cinco como imateriais. Assim, esses imóveis e expressões culturais ficam protegidos de demolição, destruição ou degradação.

Uma das principais políticas públicas de preservação do patrimônio, o Edital MT Preservar, destinou R$ 3 milhões do Governo de Mato Grosso para a recuperação de 24 imóveis públicos e particulares com reconhecida relevância histórica e cultural para o Estado.

Entres os prédios contemplados estão igrejas que marcaram a ocupação religiosa durante o período colonial, imóveis no Centro Histórico de Cuiabá e a sede da histórica Fazenda Jacobina, em Cáceres. Há, ainda, duas casas localizadas na aldeia Umutina, em Barra do Bugres, que serviram de base para a Comissão Rondon. Em Poxoréu, também foi contemplada com o MT Preservar a residência da dona Joverci Bento da Silva, 73 anos. O imóvel, que é tombado, foi construído durante o auge da mineração na cidade.

“São imóveis que contam a história de Mato Grosso, e que estão localizados em diferentes municípios. Muitos bens estavam em risco de ruína. Com os recursos do MT Preservar, o Governo do Estado subsidia um importante movimento de preservação de momentos históricos e de valorização da nossa memória. Além disso, é importante ressaltar que a preservação do patrimônio também é um direito difuso da sociedade”, observou o superintendente de Preservação do Patrimônio Histórico e Museológico da Secel, Robinson Araújo.

Desses 24 imóveis selecionados no MT Preservar, quatro foram concluídas e estão localizadas no Centro Histórico de Cuiabá, em Cáceres, Poxoréu e na aldeia Umutina.

Há obras de restauração em andamento nos municípios de Várzea Grande, Poconé, Barra do Garças, Tangará da Serra e Jaciara. O cronograma de execução prevê que todas estejam entregues até maio do ano que vem. As propostas selecionadas no edital receberam valores entre R$ 50 mil, R$ 100 mil, R$ 200 mil e R$ 300 mil.

Lei do Tombamento

A legislação vigente, que regulamenta a proteção do patrimônio cultural, é a Lei 11.323, de março de 2021, proposta pelo Executivo.

O primeiro tombamento em Mato Grosso ocorreu em 1976, que reconhecendo como patrimônio histórico e cultural do Estado edifícios do Seminário da Conceição, Igreja de Nossa Senhora do Bom Despacho e Chafariz do Mundéu, em Cuiabá.

A lista dos bens tombados inclui o Palácio da Instrução, Cine Teatro, Liceu Cuiabano, Casa Dom Aquino, localizados em Cuiabá. Também há complexos arquitetônicos como os centros históricos dos municípios de Vila Bela da Santíssima Trindade, Acorizal, Cáceres, Diamantino e Poxoréu, além de igrejas, sítios arqueológicos e monumentos naturais como o Mirante de Chapada dos Guimarães e o Complexo da Cachoeira da Martinha.

Os bens tombados de natureza material podem ser imóveis (cidades históricas, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais) e móveis (coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos).

Já os bens culturais de caráter imaterial são classificados como os saberes, ofícios e modos de fazer, também as celebrações e formas de expressão artísticas, além de lugares como como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas.

Entre os bens tombados como patrimônio imaterial em Mato Grosso estão o Linguajar Cuiabano, Lugar Histórico Fazenda Taquari, Folia de Reis, Modo de Fazer Canoa Pantaneira, e a Viola de Cocho, Ganzá e Mocho.

Para ver a lista dos bens materiais e imateriais tombados em Mato Grosso, clique AQUI.

Dia do Patrimônio Público Cultural

O Dia do Patrimônio Público Cultural, 17 de agosto, foi criado em homenagem à data de nascimento de Rodrigo Melo Franco de Andrade, advogado, escritor e jornalista, responsável pela criação do atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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