O Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, se manifestou na quinta-feira (7) em oposição ao plebiscito de anexação da região de Essequibo pela Venezuela.
O referendo, convocado por Maduro no último final de semana, foi votado por eleitores venezuelanos que aprovaram a criação de um novo Estado na Guiana. A região equivale a dois terços do território da Guiana e é uma região de interesse por ser rica em petróleo.
“Não vejo absolutamente nenhum argumento para uma ação unilateral por parte da Venezuela, que está errada, deve parar” disse Cameron.
O Secretário e ex-premiê argumenta que as fronteiras foram estabelecidas em 1899, quando o laudo arbitral de Paris concedeu aos britânicos a soberania sobre a Guiana.
O discurso foi feito em uma declaração conjunta com Antony Blinken, Secretário de Estado dos Estados Unidos, em Washington.
Cameron chamou a medida de “retrógrada”: “Espero ter alguns telefonemas mais tarde com o presidente da Guiana e outros na região para tratar de assegurar que este passo tão retrógrado que se deu não vá mais além”.
A Venezuela não reconhece o acordo de 1899, apesar de os venezuelanos terem aceitado a decisão do tribunal arbitral e o resultado do laudo por décadas. À época, a posição oficial do governo do país foi se impor à Organização das Nações Unidas (ONU) alegando fraude no julgamento.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.