O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) denunciou a morte de pelo menos 12 jornalistas, mais dois desaparecidos e oito feridos desde o início do conflito entre o Hamas e as Forças Armadas israelitas, em 07 de outubro. Entre os mortos estão dez jornalistas palestinos, um jornalista israelita e outro desaparecido, além de um morto em ataques no sul do Líbano.
A contagem inclui os mortos até 14 de outubro, nos primeiros oito dias do conflito, explica o CJP, que alerta para “os perigos particularmente elevados” que afetam os jornalistas na Faixa de Gaza “dado o risco de um ataque por terra das forças israelitas”.
O CPJ também alerta sobre os “bombardeios devastadores da aviação israelita, a impossibilidade de comunicação e os contínuos cortes de energia”.
“São civis que realizam um trabalho importante em tempos de crise e não devem ser atacados pelas partes em conflito”, disse o coordenador do CPJ para o Médio Oriente e Norte de África, Sherif Mansour, pedindo que ambas as partes tomem medidas para garantir a sua segurança.
O grupo islamita Hamas lançou no dia 07 um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.