Após o ataque do Irã contra Israel no último sábado (13), a Cúpula de Ferro, sistema de defensa aéreo de Israel, foi visto em operação. De acordo com as autoridades israelenses, o sistema interceptou 99% dos mísseis e drones lançados pelo Irã.
Projetado para proteger contra armas de curto alcance e operar em todas as condições climáticas, o sistema rastreia foguetes por meio de um radar, com a capacidade de diferenciar os mísseis que podem atingir áreas construídas e povoadas.
Assim, mísseis interceptadores são disparados apenas contra esses foguetes que têm um risco maior de atingir essas áreas, com alcance de até 70 quilômetros.
No total, o sistema é composto por baterias localizadas em Israel, cada uma com três a quatro lançadores que podem disparar 20 mísseis interceptadores. Cada uma dessas baterias é dividida em três partes principais:
um sistema de detecção por radar;
um computador que calcula a trajetória do foguete que se aproxima;
um lançador que dispara interceptadores se o foguete tiver chances de atingir uma área construída ou estratégica.
Os interceptores detonam os mísseis no ar após serem lançados verticalmente a partir dessas unidades móveis ou estacionárias. Segundo Israel, ele uma taxa de sucesso superior a 90%.
História
O sistema foi criado em 2006, após o conflito entre Israel e o Hezbollah, grupo militante do sul libanês. Na ocasião, o Hezbollah lançou milhares de foguetes contra Israel, o que levou a centenas de mortes e ao estrago de inúmeras estruturas.
O desenvolvimento do escudo de defesa antimísseis foi uma resposta de Israel ao ataque do grupo. O equipamento foi desenvolvido junto com os Estados Unidos no início da década passada, pelas empresas israelenses Rafael Advanced Defense Systems e Israel Aerospace Industries.
A principal função do sistema é combater armas rudimentares e mais potentes, como os foguetes disparados de Gaza.
A primeira vez que ele foi usado em combate foi em 2011, quando derrubou um míssil disparado da Faixa de Gaza. Em 2019, os EUA anunciaram a compra e e o teste de algumas baterias do Domo de Ferro.
Quanto custa?
De acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, com sede em Washington, o desenvolvimento de cada interceptor da “Cúpula de Ferro” vale entre US$ 40 mil e US$ 50 mil (entre R$ 205,4 mil e R$ 256,7 mil na cotação atual).
Segundo o instituto, a fabricação do sistema completo, incluindo o radar, computador e três ou quatro lançadores (cada um deles, com até 20 interceptadores) tenha o custo de cerca de US$ 100 milhões (R$ 513,5 milhões).
O grupo americano de aeronáutica e defesa RTX, que participa da construção do “Domo de Ferro”, estima que Israel tenha 10 sistemas deste tipo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.