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Economia

Dólar atinge menor patamar do ano: está na hora de comprar?

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Dólar vem sofrendo influência das taxas de juros e da inflação
Unsplash/Alexander Grey

Dólar vem sofrendo influência das taxas de juros e da inflação

O dólar atingiu nesta quarta-feira (14) a menor cotação do ano, vendido a R$ 4,8624, menor patamar desde 6 de junho de 2022, quando encerrou o dia a R$ 4,7956. Para quem está pensando em viajar, ou investir no exterior, seria esse o momento ideal para comprar a moeda americana?

Especialistas avaliam que a taxa de câmbio vem caindo por conta da diminuição do risco fiscal, com o bom andamento do novo arcabouço fiscal. Além disso, cresce a expectativa que a inflação global desacelere, principalmente após resultados abaixo do esperado nos Estados Unidos.

O que causou a redução?

Segundo Luciano Feres, economista e CFO da Somus Capital, empresa especializada em assessoria de investimentos credenciada pela XP Investimentos, a queda foi causada pela melhora tanto na economia norte-americana, quanto na brasileira.

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“Os Estados Unidos têm aumentado taxa de juros, enfrentou problemas de abastecimento e imprimiu muito dinheiro. Isso provocou expectativa de inflação mais alta, mas o aumento dos juros tiveram efeito rápido e a inflação americana estão vindo controlados, inclusive, em maio vieram no menor patamar”, disse.

O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) perdeu força em maio, desacelerando-se em relação a abril. O CPI subiu 0,1% na base mensal e avançou 4,0% no confronto anual. No Brasil, a inflação fechou maio em 3,94%, menor patamar em quase três anos, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Outro fato que tem contribuído com a queda dos juros é a taxa Selic, atualmente em 13,75%. O alto rendimento da renda fixa tem atraído capital estrangeiro, com isso, sobe a oferta da moeda americana, que reduz de preço se comparada ao real.

Por outro lado, ainda existe a expectativa que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) eleve a taxa de juros nos EUA, o que reduziria a quantidade de investidores atentos ao Brasil. A boa notícia, no entanto, é que segundo a ferramenta CME FedWatch, 94,2% dos analistas do mercado financeiro acreditam que não será feito nenhum acréscimo na reunião desta quarta-feira.

Segundo o especialista, a estratégia mais adequada tanto para quem vai viajar para o exterior, quanto para quem pensa em investir em dólar adotar a estratégia do preço média, que consiste em pequenos aportes quando a moeda sinalizar queda.

“O dólar é muito difícil prever, mas olhando para trás dá pra ver que está na taxa mais barata do último ano, então só por esse motivo faz sentido comprar. A gente sempre aconselha a diversificar os investimentos por segurança, e investir fora também está dentro dessa estratégia”, afirma.

Fonte: Economia

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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