A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados recebeu, na quarta-feira (6), uma audiência pública para discutir a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que ligará as cidades de Brasília (DF) e Luziânia (GO).
Durante o encontro, engenheiros da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) apresentaram detalhes do projeto, cujos custos estimados giram em torno de R$ 500 milhões.
Segundo o engenheiro André Jóia, responsável pela apresentação do estudo, a precária conservação dos trilhos que conectam as duas cidades atualmente não atende plenamente as condições necessárias para operação de passageiros. A informação é do Correio Braziliense .
“Consideramos, hoje, ociosa. A grade de interesse do passageiro são os horários de pico e, se for assim, não teríamos conflito com a circulação de trens de carga, mas é necessário uma infraestrutura melhor”, explicou.
Durante a exposição, André Jóia também destacou a proposta de integração do VLT com o Metrô-DF , quando destacou a capacidade de transporte do sistema.
“Entendemos que pela capacidade de transporte, estamos propondo no estudo de operação em uma composição de 1, 2 mil passageiros, em dois VLTs acoplados. Para se deslocar ao Plano Piloto, poderia ser feita uma composição com o metrô, ou com a estação terminal na Rodoferroviária”, afirmou.
Entenda
O projeto prevê a circulação de 10 VLTs, com velocidade máxima de 80 km/h e tempo de parada nas estações de 0,5 minutos. O horário de operação seria das 5h20 às 21h, com um intervalo de 35 minutos entre cada VLT durante o horário de pico. A capacidade máxima de pessoas por hora seria de 2.240, com um total de 24.640 passageiros por dia.
Outro engenheiro da CBTU, Daniel Freitas apresentou projeções mais otimistas para o tempo de percurso.
“Em um cenário um pouco mais otimista, poderíamos conseguir do Jardim Ingá até a Rodoferroviária, um tempo de percurso de 72 minutos. Já de Valparaíso até a Rodoferroviária, de 50 minutos”, acrescentou.
O estudo também apontou que a tarifa do VLT seria de R$ 6, com os maiores custos sendo relacionados à compra dos trens, uma vez que já existe uma estrutura pré-existente nos locais.
A CBTU é a responsável pela administração dos sistemas ferroviários de passageiros em João Pessoa, Maceió, Natal e Recife.
O documento com as informações será encaminhado aos governos do Estado de Goiás e do Distrito Federal para análise e possível implementação do projeto.