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MUNDO

Diretor da AIEA indica divergência entre especialistas sobre Fukushima

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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, disse nesta sexta-feira (7) que ouviu dizer que um ou dois especialistas por trás do relatório que aprovou a liberação da água radioativa tratada da usina de Fukushima, no Japão, podem ter expressado preocupações.

“Houve algumas ideias no sentido de que um ou dois especialistas teriam sido contra [o relatório]”, disse Grossi à Reuters, em sua primeira entrevista desde que a agência emitiu seu relatório atestando a segurança de um plano que tem enfrentado críticas no país e no exterior.

Solicitado a esclarecer se havia alguma preocupação entre os especialistas por trás do relatório, que incluiu participantes de 11 países, incluindo a China, o mais feroz crítico do plano do Japão, Grossi acrescentou: “Eu ouvi isso ser dito. Mas, novamente, o que publicamos é cientificamente impecável”.

Grossi disse que nenhum dos especialistas havia manifestado suas preocupações diretamente a ele e não entrou em detalhes sobre como soube da preocupação.

O jornal estatal chinês Global Times informou, nessa quinta-feira (6), que Liu Senlin, um especialista chinês do grupo de trabalho técnico da AIEA, ficou desapontado com o relatório “apressado” e disse que a contribuição dos especialistas foi limitada e usada apenas como referência.

Liu não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, afirmou que o relatório da agência “não reflete totalmente as opiniões de todos os especialistas envolvidos na avaliação” e que suas conclusões eram “limitadas e unilaterais”.

A força-tarefa estabelecida pela AIEA em 2021 para revisar a segurança do plano do Japão, de liberar o equivalente a cerca de 500 piscinas olímpicas de água da usina destruída por um tsunami há mais de uma década, também inclui membros da Argentina, Austrália, Canadá, França, Ilhas Marshall, Coreia do Sul, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos e Vietnã.

Em entrevista, Grossi disse que o relatório não foi elaborado por consenso e que o grupo de especialistas científicos e consultores “pode ou não ter opiniões individuais”.

Perguntado se os especialistas estavam satisfeitos com o conteúdo do relatório, Grossi disse: “Sem dúvida, sim. Se houver alguém que não esteja, deve dizer isso”.

*(Reportagem adicional de Martin Pollard)

*É proibida a eprodução deste conteúdo.

Fonte: EBC Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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