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Direitos Humanos denuncia mortes durante ‘Operação Escudo’ da PM de SP

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Operação acontece no litoral paulista após a morte de um soldado da Rota no fim de julho
Divulgação/Polícia Civil SP

Operação acontece no litoral paulista após a morte de um soldado da Rota no fim de julho

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) divulgou um relatório detalhando pelo menos 11 violações dos direitos humanos durante a Operação Escudo, que ocorreu na Baixada Santista, resultando na morte de 24 pessoas desde 28 de julho.

O CNDH emitiu uma série de recomendações ao governo de São Paulo, liderado por Tarcísio de Freitas, pedindo o encerramento imediato da operação e exigindo esclarecimentos sobre as circunstâncias das mortes em decorrência da intervenção policial em até 20 dias.

As violações registradas no curso da operação incluem diversos abusos, entre eles casos de execuções com relatos de testemunhas extrajudiciais, onde acusam a corporação de matar indivíduos “sem motivo aparente”. Outro caso descreve que houve transferência de vítimas para outras áreas, levadas para suspostamente serem executadas em regiões onde a operação estava ocorrendo.

O relatório agrupou relatos que indicam também invasões de domicílio sem mandados judiciais, violando a privacidade e a segurança dos moradores. Em vários casos, vítimas feridas não receberam atendimento médico adequado, levando a agravamento das condições de saúde, configurando em omissão de socorro médico.

A maioria dos policiais não utilizaram câmeras corporais durante a operação, dificultando a documentação adequada das ações. Há também denúncias de assassinatos de moradores de rua.

O número de vítimas fatais das operações conduzidas pela Polícia Militar na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, aumentou para 24 mortes. A Operação Escudo foi lançada no Guarujá no final de julho em resposta ao assassinato do agente Patrick Bastos Reis, da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (Rota). Recentemente, um homem de 31 anos foi morto pela PM durante um alegado confronto com os agentes.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado, os policiais teriam avistado o suspeito portando uma arma longa pendurada no ombro na terça-feira passada (29). Ao abordá-lo, o homem teria disparado contra os policiais, que responderam ao ataque e atingiram o suspeito.

Conselho Nacional de Direitos Humanos

O CNDH também solicitou que o governo explique a ausência de câmeras corporais por parte dos policiais durante a operação. A Operação Escudo, inicialmente prevista para durar cerca de um mês, continua por tempo indeterminado.

O CNDH foi acionado pela Anistia Internacional e outras organizações de direitos humanos para investigar as denúncias de violações durante a operação. O relatório do CNDH baseia-se em depoimentos de familiares das vítimas, testemunhas e líderes comunitários, que foram ouvidos em agosto. As violações descritas no relatório são graves e indicam um uso excessivo da força por parte das autoridades.

“Os relatos colhidos indicam graves excessos no uso da força e execuções sumárias com disparo de armas de fogo”, informa o relatório.

O relatório menciona que o Protocolo de Minnesota , da ONU, deve ser seguido para orientar investigações sobre mortes suspeitas, garantir a responsabilidade por violações do direito à vida e trazer verdade, justiça e reparação para as famílias das vítimas.

Recomendações

O CNDH recomenda que o governo de São Paulo, interrompa imediatamente a Operação Escudo, realiza investigações transparentes sobre as mortes, proteja s testemunhas e familiares das vítimas, repare integralmente os danos às famílias das vítimas e o determine obrigatoriedade de uso da câmeras corporais por todos os agentes envolvidos em operações policiais.

O Conselho também pediu ao Ministério da Justiça, ao Ministério dos Direitos Humanos e ao Ministério da Igualdade Racial que tomem medidas para reduzir a letalidade policial e garantir a justiça nos casos relatados.

Resposta da Secretaria de Segurança Pública

“Todos os casos de mortes decorrentes de intervenção policial (MDIP) estão em investigação pela Deic de Santos, com o apoio do DHPP, e pela Polícia Militar. O conjunto probatório apurado no curso das investigações, incluindo as imagens das câmeras corporais, tem sido compartilhado com o Ministério Público e o Poder Judiciário. Em 24 abordagens os suspeitos entraram em confronto com as forças policiais e acabaram morrendo baleados.

Os laudos oficiais de todas as mortes, elaborados pelo Instituto Médico Legal (IML), foram executados com rigor técnico, isenção e nos termos da Lei. Em nenhum deles foi registrado sinais de tortura ou qualquer incompatibilidade com os episódios relatados. Os documentos já foram enviados às autoridades responsáveis pelas investigações.

A Secretaria da Segurança Pública informa que a Operação Escudo segue em curso para sufocar o tráfico de drogas e combater o crime organizado na Baixada Santista. Desde o início, em 28 de julho, até esta quinta-feira (31) as forças policiais prenderam 747 pessoas, das quais 291 eram foragidas da Justiça pelos mais diversos crimes, como roubo, sequestro e homicídio. Foram apreendidos 934,3 kg de entorpecentes – causando um prejuízo ao tráfico que passa dos R$ 2 milhões – e 94 armas que estavam na mão de criminosos, recolhidas.

Desvios de conduta não são tolerados e são rigorosamente apurados mediante procedimento próprio. A pasta ressalta que até o momento nenhuma denúncia de abuso durante a operação foi registrada. Denúncias podem ser formalizadas em qualquer unidade da Polícia Militar, inclusive pela Corregedoria da Instituição”, concluiu a nota.

Fonte: Nacional

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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