“O nosso pessoal diplomático deixa tudo para trás no Equador e volta para casa de cabeça erguida […] após o assalto à nossa embaixada”, escreveu a ministra mexicana das Relações Exteriores na rede social X (antigo Twitter), Alicia Bárcena
Agradecida por el acompañamiento de embajador@s de 🇩🇪,🇵🇦,🇨🇺,🇭🇳 y el pres. de la Cámara Ecuador-México. Nuestro personal diplomático deja todo en 🇪🇨 y regresa a casa con la frente y el nombre de🇲🇽en alto tras asalto a nuestra Embajada. Gracias amigos y aliados x su solidaridad. pic.twitter.com/893UgDuXzt
O governo mexicano tinha anunciado no sábado (6) à noite que um grupo de 18 pessoas, incluindo diplomatas mexicanos e suas famílias, regressaria ao México num voo comercial.
Após a invasão pela polícia equatoriana, na sexta-feira, da embaixada mexicana em Quito, com o objetivo de prender o ex-presidente Jorge Glas , que ali estava sob asilo político, o México rompeu de imediato as relações diplomáticas com o Equador.
A mesma posição de condenação foi assumida pelos governos latino-americanos, de esquerda e de direita, da Argentina, Bolívia, do Brasil, do Chile, da Colômbia, de Cuba, da República Dominicana, de Honduras, da Nicarágua, do Panamá, do Paraguai, do Peru, do Uruguai e da Venezuela.
Depois de ter sido levado da embaixada mexicana, Jorge Glas foi transferido de avião para a prisão de segurança máxima de La Roca, situada no complexo penitenciário da cidade de Guayaquil, reservado aos presos mais perigosos.
Sobre o ex-vice-presidente havia um mandado de localização e de prisão preventiva pela suspeita de desvio de fundos públicos no processo de reconstrução da província costeira de Manabí, devastada por um forte terremoto em abril de 2016.
Glas deveria também regressar à prisão para terminar de cumprir uma pena de oito anos por duas condenações definitivas de associação ilícita (relacionada com o esquema de subornos da construtora brasileira Odebrecht) e de suborno (pelo financiamento ilegal do seu movimento político).
Desde 17 de dezembro de 2023, Jorge Glas encontrava-se na embaixada do México em Quito para pedir asilo, que lhe foi concedido na sexta-feira, declarando-se vítima de perseguição política e “lawfare” (utilização do aparelho judicial contra opositores políticos).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.