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MATO GROSSO

Difusão do conhecimento e atuação integrada são enaltecidas em abertura

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O curso “Inteligência em Fontes Abertas e Investigação em Ambiente Virtual”, voltado a agentes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e convidados, foi oficialmente aberto na manhã desta segunda-feira (30) no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça, em Cuiabá. Promovido pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) – Escola Institucional do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, o curso ocorre presencialmente, em duas etapas. A primeira turma será de 30 de outubro a 1º de novembro, e a segunda de 29 de novembro a 1º de dezembro.   

Participaram da aula inaugural o coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Adriano Roberto Alves, o coordenador do Ceaf, promotor de Justiça Antonio Sergio Cordeiro Piedade, o diretor de Inteligência e Operações do Gaeco, cel. PM Paulo Cesar da Silva, o comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, cel. PM Alexandre Corrêa Mendes, o comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, general de brigada Kurt Everton Werberich, e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, cel. PM Alessandro Borges Ferreira. 

“O conhecimento e a capacitação permanente são ferramentas imprescindíveis para prestarmos um serviço com mais eficiência, efetividade e resolutividade. Ao mesmo tempo, a atuação de forma cooperada, coordenada e integrada entre as instituições é fundamental. O que precisamos é de uma política criminal de Estado para enfrentamento das organizações criminosas. O Estado brasileiro não pode sucumbir diante do crime organizado. E a ferramenta que nós temos para isso é a capacitação, a integração entre as instituições e, sobretudo, o conhecimento”, defendeu Antonio Sergio Cordeiro Piedade na abertura do curso.

O comandante-geral da PMMT também destacou a importância do aperfeiçoamento dos agentes do Gaeco e das forças de segurança em Mato Grosso, bem como da integração entre as instituições. “Precisamos nos unir e o Gaeco nos mostra isso, uma força-tarefa permanente constituída por diversas instituições que, somente este ano, deflagrou 16 grandes operações de combate ao crime organizado. Temos que ter mais cursos, capacitações para melhorar a nossa atuação e contribuir cada vez mais para uma segurança pública de qualidade. O nosso objetivo comum é esse, servir e proteger a sociedade mato-grossense”, disse. 

Saiba mais – Com carga horária de 22 horas-aula, a ação educacional será ministrada na sala de aula do Ceaf, na sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá. O objetivo do curso é capacitar agentes do Gaeco e unidades parceiras a executarem pesquisas e coletas em fontes abertas, que possam ser utilizadas no âmbito de inteligência e investigação, habilitando os participantes a realizar coleta avançada de dados, bem como a fazer o processamento e análise dos mesmos. 

O Gaeco é uma força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.   

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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