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Desistência de Biden: 10 pontos importantes que levaram ao fim da campanha à reeleição
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3 meses atrásem
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oestenewsNeste domingo (21), o presidente norte-americano Joe Biden anunciou a desistência da sua candidatura à reeleição . A decisão do democrata não surpreendeu o mundo político, uma vez que a pressão para que ele abandonasse a disputa era crescente – inclusive entre aliados.
Confira 10 questões que influenciaram a decisão de Biden:
Envelhecimento
Joe Biden cometeu uma série de gafes ao longo de sua carreira política, inclusive quando ainda era vice de Barack Obama. No entanto, a frequência desses episódios aumentou nos últimos anos, o que gerou preocupações acerca de sua idade e da sua capacidade de governar os Estados Unidos.
Biden foi o presidente mais velho a assumir a presidência em 2021, quando tinha 78 anos. Hoje, ele tem 81. Ele foi “liberado” por um médico da Casa Branca para participar da disputa, os sinais de seu envelhecimento se tornaram mais evidentes: a voz mais suave, os lapsos de memória e uma aparente maior dificuldade para andar, que seu médico atribui parcialmente à artrite.
Mesmo com as críticas, Biden defendeu até o último segundo a sua vontade de disputar a eleição contra Donald Trump.
Disputa acirrada
Os resultados das pesquisas também contribuíram para a desistência do democrata. Os dados apontavam para uma possível derrota em 2024, com Biden ficando a cerca de 4 pontos atrás de Trump.
Espaço para Kamala
No seu anúncio de desistência, Biden publicou no X uma foto ao lado da vice-presidente Kamala Harris, afirmando que ela tem seu “total apoio e endosso para que seja a candidata do nosso partido este ano”.
Em 2020, Biden se apresentava como o candidato com maiores chances para derrotar Trump. Kamala Harris, sua vice, era vista como sua possível sucessora – no entanto, sua popularidade nunca deslanchou ao longo do mandato.
Mas Biden aparentemente recusou assumir oficialmente o compromisso de não buscar a reeleição. No fim de 2021, o primeiro ano de seu mandato, jornais americanos como o The Washington Post já publicavam reportagens afirmando que Biden dizia a aliados que pretendia concorrer novamente à presidência em 2024.
A decisão do mandatário contrariava as expectativas do partido, que viam em seu governo uma chance de “lançar” Harris para a vida política. Na época, analistas afirmaram que a fala do presidente “congelava” as pretensões de campanha para Kamala.
Candidatura à reeleição
Em 25 de abril de 2023, Joe Biden anunciou sua candidatura à reeleição – com Kamala novamente como candidata a vice.
Um mês depois, uma pesquisa feita pelos canais NPR/PBS News apontou que 60% dos americanos entrevistados se preocupavam com a capacidade de Biden de ser presidente.
Em junho, iniciaram-se a s primárias democrátas, que é quando o candidato busca o apoio do partido para se tornar candidato oficial. Resistentes, os aliados de Biden apostaram na tática de apontar Trump como uma ameaça à democracia.
Já os republicanos optaram por atacar a imagem de Biden, questionando sua capacidade de governar.
Falhas de memória
Em 8 de fevereiro de 2024, a publicação de um relatório governamental elaborados pelo conselheiro especial Robert Hur seria mais um combustível para a campanha dos republicanos.
Entre diversos pontos, o documento apontava que Biden apresentava “faculdades mentais comprometidas”, “memória falha” e “limitações significativas” na capacidade do presidente de gerir o país.
Hur havia sido selecionado pelo procurador-geral Merrick Garland para liderar uma investigação sobre como o governo Biden lidava com documentos oficiais.
Hur não encontrou nenhum indício de comportamento inadequado nesse sentido, mas seu relatório abalou ainda mais a campanha de Biden.
No mesmo dia, Biden somou mais uma gafe ao seu histórico: enquanto se defendia das alegações de Hur, ele confundiu o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, com o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.
Campanha republicana
A principal tática republicana tem sido desgastar a imagem de Biden para os eleitores. Para isso, selecionam os momentos das gafes do mandatário para viralizar na internet.
Em março de 2024, uma pesquisa da Associated Press mostra novamente que 6 em cada 10 americanos têm dúvidas sobre as capacidades mentais do presidente.
Uma pesquisa do New York Times/Siena College sugere que 73% dos eleitores registrados acreditam que Biden é “velho demais para ser um presidente eficaz”.
Desempenho nos debates
No debate de 27 de junho de 2024, Biden foi motivo de chacota entre os republicanos pelo seu desempenho, considerado “desastroso”. Isso levou ao aumento dos questionamentos sobre sua candidatura.
Ao longo do debate, Biden tem momentos em que divaga, fala com pouca clareza e mostra uma voz claramente rouca. No meio do debate, a campanha de Biden dizia aos jornalistas que o presidente estava “lutando contra um resfriado”.
Após o episódio, Biden diz que também estava com jet lag (desconforto após mudança brusca de fuso horário) e admite que sua performance deixou a desejar. “Estraguei tudo”, diz em 3 de julho a uma rádio negra americana.
Mesmo após o debate, Biden insistiu na candidatura. Com isso, algumas publicações fizeram editoriais defendendo sua desistência.
“Biden deveria ser lembrado por suas conquistas e sua decência, não por seu declínio”, escreve a revista britânica The Economist.
Em um artigo na revista The Nation, o comentarista Gregg Gonçalves afirma que o país deveria ser capaz de “falar sobre a condição do presidente sem cair em especulações prejudiciais ou em estereótipos perniciosos”.
Michelle Obama
Michelle Obama, esposa de Barack Obama, já manifestou seu desinteresse para concorrer às eleições nos Estados Unidos. No entanto, seu nome é relevante para a disputa, segundo uma pesquisa do instituto Ipsos.
A pesquisa analisou diversos cenários para substituição de Biden como candidato democrata. O resultado apontou que somente a ex-primeira-dama seria capaz de vencer Donald Trump.
No entanto, membros importantes do partido democrata dizem que o único nome seriamente considerado para substituir Biden é o de Kamala Harris.
Mais confusão
Em meio à pressão por desistência, Biden confunde durante um discurso o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, com o do russo Vladimir Putin em 11 de julho de 2024.
“Estou tão focado em vencer Putin (na guerra da Ucrânia) que usei o nome dele”, disse Biden, se corrigindo imediatamente.
Atentado contra Trump
Outro episódio marcante da campanha eleitoral de 2024 foi o atentado contra Trump em 13 de julho de 2024, durante um comício na Pensilvânia.
O ataque ofuscou momentaneamente os pedidos para desistência de Biden. No entanto, não demorou para que analistas apontassem como o episódio poderia fortalecer a campanha do republicano.
Covid e abandono de doadores
Mesmo após o ataque contra Trump, a desistência de Biden logo voltou às manchetes, com o anúncio de que o presidente de 81 anos está com covid-19, em 17 de julho. A notícia aumentou ainda mais a preocupação acerca de sua saúde.
Um dia após o anúncio da covid, grandes apoiadores financeiros abandonaram a campanha democrata. Segundo o The New York Times, o montante para o mês de julho poderia ser metade do valor arrecadado no mês anterior para a campanha.
Grandes doadores abandonam a campanha de Biden, com o apoio financeiro em julho caindo para cerca de metade do montante do mês anterior se ele continuar na corrida, segundo o jornal The New York Times.
Desistência
Biden anunciou que desistirá da sua campanha à reeleição neste domingo (21). Segundo o mandatário, “é do melhor interesse do meu partido e do país”.
Biden deixou o seu apoio à Kamala Harris, sua vice, na corrida presidencial.
Em uma carta postada em sua conta nas redes sociais, Biden disse que foi a maior honra de sua vida servir como presidente. “E embora minha intenção tenha sido buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu desista e me concentre exclusivamente em cumprir os deveres como Presidente pelo restante do meu mandato”.
Ele informou que se dirigiria à nação sobre o assunto na próxima semana. O presidente Biden agradeceu à sua vice-presidente, Kamala Harris, dizendo que ela foi uma “parceira extraordinária”.
“E permitam-me expressar minha sincera gratidão ao povo americano pela fé e confiança que depositaram em mim”, acrescentou em sua declaração. “Acredito hoje e sempre acreditei: que não há nada que a América não possa fazer – quando fazemos juntos. Só precisamos lembrar que somos os Estados Unidos da América.”
Veja os cotados para substituir Biden na campanha democrata
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Fonte: Internacional
MUNDO
Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro
Publicado
2 meses atrásem
setembro 12, 2024Por
oestenewsO presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.
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Fonte: Internacional