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Agronegócio

Desembolso do crédito rural atinge R$ 319,2 bilhões no Plano Safra 2023/24

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O desembolso do crédito rural para o Plano Safra 2023/24 apresentou um aumento significativo de 14% em relação ao mesmo período da safra anterior, totalizando R$ 319,2 bilhões entre julho de 2023 e março de 2024.

Os financiamentos para custeio atingiram R$ 177 bilhões, enquanto as linhas de investimento somaram R$ 75 bilhões. As operações de comercialização alcançaram R$ 40 bilhões, e as de industrialização registraram R$ 25 bilhões.

Durante os nove meses do ano agrícola, foram realizados 1.670.825 contratos, dos quais 1.252.972 foram no âmbito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 153.463 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural). Os demais produtores formalizaram 264.390 contratos, totalizando R$ 232,2 bilhões em financiamentos liberados pelas instituições financeiras.

O montante total de R$ 319,2 bilhões representa 73% do valor programado para a safra atual, que é de R$ 435,8 bilhões, abrangendo pequenos, médios e grandes produtores. Na agropecuária empresarial, os médios e grandes produtores rurais receberam R$ 273,5 bilhões, o que corresponde a 75% do total programado pelo governo, de R$ 364,2 bilhões.

Os pequenos e médios produtores receberam, respectivamente, R$ 45 bilhões pelo Pronaf e R$ 41 bilhões pelo Pronamp em todas as finalidades de financiamento. No que diz respeito aos financiamentos para investimento, o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) registrou contratações de R$ 6,6 bilhões, um aumento de 51% em relação ao mesmo período da safra anterior. Os financiamentos para o Pronamp atingiram R$ 4 bilhões, representando um aumento de 102%.

Quanto às fontes de recursos do crédito rural, os recursos livres equalizáveis atingiram R$ 10,4 bilhões, um aumento de 191% em relação ao mesmo período da safra anterior. Destaca-se também a contribuição da fonte não controlada, a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA Livre), que respondeu por 50% do total das aplicações da agricultura empresarial, alcançando R$ 138 bilhões. Isso representa um aumento de 98% em relação ao mesmo período da safra passada.

É importante ressaltar que os valores apresentados são provisórios e foram extraídos do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB) no dia 03 deste mês. Dependendo da data de consulta no Sicor, podem ocorrer variações nos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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