Em visita a São Sebastião neste sábado (25), o vice-presidente do República, Geraldo Alckmin (PSB) , afirmou que o governo federal estuda a possibilidade de realocar provisoriamente em Bertioga (SP) famílias desabrigadas após o temporal na cidade que devastou a Costa Sul da cidade do Litoral Norte de São Paulo .
Alckmin está em São Sebastião para ver os locais atingidos pelo temporal no último final de semana. Ele sobrevoa os locais ao lado de outras autoridades, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB).
“Tem 1.500 apartamentos na cidade vizinha, em Bertioga. Estão praticamente prontos. Claro que eles se destinam à Caixa Econômica Federal. Foi até uma parceria feita no nosso tempo. O terreno é do governo do estado e o Estado entrou com recursos do Casa Paulista. É um programa chamado Entidades, mas, de repente, pode uma parte disso. Vou ver com o prefeito de Bertioga e com a Caixa Econômica Federal, ser cedido para famílias daqui”, afirmou Alckmin.
“Seria por emergência. Depois, é claro, vamos construir as unidades necessárias”, acrescentou.
Bertioga é uma próxima de São Sebastião que também fica no Litoral Norte de São Paulo.
O vice-presidente da República, ainda, destacou durante a coletiva de imprensa que uma das prioridades, no momento, é a questão da habitação para as famílias.
Neste sábado (25), o governo do estado de São Paulo publicou no Diário Oficial um decreto para desapropriar um terreno privado de 10 mil metros quadrados em Lindeiro, ao lado da Vila Sahy, em São Sebastião. A região foi uma das mais afetadas pelos deslizamentos, que deixaram, até agora, 54 mortos.
A ideia do governo estadual é regularizar a área e transformá-la em uma Zona de Interesse Social.
“Quero cumprimentar o Tarcísio, pois uma das dificuldades no litoral é terreno. Conseguir terreno seguro e juridicamente possível, é super importante. O governo federal entrará, sim (com recursos). Se você pegar o orçamento deste ano, o item com maior acréscimo, chamado extra teto, foi exatamente para moradias. Foi R$ 10,5 bilhões. A prioridade é para a chamada Faixa 1, aquela com famílias de baixa renda, que moram em locais mais distantes e inseguros. Essa é a prioridade. O governo do estado pode contar, sim, com o ministério da cidade, para ser parceiro no financiamento dos recursos para as unidades habitacionais”, afirmou Geraldo Alckmin.