O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou neste domingo (9) a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de novas eleições parlamentares. Esta decisão veio após a derrota de seu partido, Renaissance (REM), nas eleições para o Parlamento Europeu, onde foi superado pela Rassemblement National (RN) de Marine Le Pen , um partido de extrema-direita.
A convocação das novas eleições, que ocorrerão em dois turnos nos dias 30 de junho e 7 de julho, foi justificada por Macron como uma necessidade de proporcionar à França “uma maioria clara para agir com serenidade e harmonia”.
Em seu discurso, ele afirmou que a ascensão do nacionalismo representa um perigo tanto para a França quanto para a Europa. “O resultado das eleições na União Europeia não é um bom resultado para o meu governo” , declarou Macron.
Marine Le Pen, cuja liderança ultradireitista vem ganhando força, comemorou os resultados das eleições europeias, onde seu partido obteve cerca de 32% dos votos contra 15% alcançados pelo partido de Macron, segundo as primeiras pesquisas apuradas pela agência de notícias Reuters.
Le Pen afirmou em um comício: “Estamos prontos para assumir o poder se os franceses nos derem a sua confiança nas próximas eleições nacionais”.
As eleições para o Parlamento Europeu, que ocorrem nos 27 países membros do bloco, resultam na escolha de eurodeputados proporcionais à população de cada país. A Alemanha, por exemplo, elege 96 deputados, enquanto Malta e Luxemburgo, os menores países, elegem 6 cada um, totalizando 720 eurodeputados.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.