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Deputados criam grupo de trabalho para acompanhar merenda escolar no DF

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Deputados criam grupo de trabalho para acompanhar merenda escolar no DF
Caio Barbieri

Deputados criam grupo de trabalho para acompanhar merenda escolar no DF

Os deputados distritais Paula Belmonte (Cidadania) e Gabriel Magno (PT) deixaram de lado suas diferenças políticas para se unirem em defesa da merenda escolar nas escolas da rede pública do Distrito Federal. Os parlamentares criaram um Grupo de Trabalho para acompanhar de perto a situação do Programa de Alimentação Escolar do DF (PAE-DF).

A preocupação com a qualidade da merenda nas escolas não é recente para a deputada Paula Belmonte. Após visitar diversas unidades escolares e constatar a falta de alimentos e a precariedade das refeições servidas, ela convocou uma audiência pública em maio para debater o assunto. Foi nesse contexto que surgiu a proposta de criar um grupo de trabalho para fiscalizar de forma mais efetiva o Programa de Alimentação Escolar do DF.

“O Governo do Distrito Federal precisa ser muito rápido para resolver a situação da merenda das nossas crianças, pois é inaceitável ver estudantes com refeições de baixa qualidade, ou muitas vezes, sem nada para comer”, afirmou a deputada Paula Belmonte.

Além dos deputados, o grupo de trabalho será composto por representantes da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e do Conselho de Alimentação Escolar do DF, juntamente com servidores da Câmara Legislativa indicados pelas Comissões de Fiscalização e Transparência e de Educação, Saúde e Cultura da CLDF. O objetivo é realizar um diagnóstico detalhado do programa e apresentar um relatório com medidas para aprimorar a alimentação escolar.

Com um prazo de 120 dias para concluir os estudos e apresentar o relatório final, o grupo de trabalho poderá prorrogar esse prazo caso seja necessário. A união dos deputados de diferentes partidos em prol da merenda escolar demonstra a importância da causa e a necessidade de ações conjuntas para garantir uma alimentação adequada aos estudantes da rede pública do Distrito Federal.

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Fonte: Nacional

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PF cumpre mandado em Cuiabá sobre venda de sentença no Judiciário

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Por Fabio Serapião

Da folhapress Brasilia

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta (24), mandados de busca e apreensão em uma investigação sobre venda de sentenças que envolve cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

Cinco desembargadores foram afastados dos cargos. Além das buscas, também há medidas como proibição de acesso às dependências de órgão público, vedação de comunicação entre investigados e uso de tornozeleira eletrônica.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido, na manhã desta quinta-feira (24), em um condomínio de luxo em Cuiabá,

O alvo seria um lobista e as investigações apontam para a ligação com morte do advogado Roberto Zampieri.

A ação foi batizada de Ultima Ratio e investiga os crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário.

Os mandados de busca foram expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e são cumpridos por cerca de 200 policiais federais em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A investigação sobre a comercialização de sentença teve apoio da Receita e é um desdobramento da operação Mineração de Ouro, deflagrada pela PF em 2021.

Na primeira fase, a investigação tinha como foco a suposta participação de integrantes do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul em uma organização criminosa.

O nome da operação teve como origem a descoberta de que a aquisição de direitos de exploração de mineração em determinadas áreas eram utilizadas para lavagem de dinheiro proveniente do esquema.

Esse não é o único caso relacionado a venda de sentença judicial em investigação no âmbito do STJ.

Um ministro do próprio tribunal está na mira da PF sob suspeita de venda de sentença.

CASO ZAMPIERI – As investigações que chegaram às suspeitas sobre o STJ se iniciaram após o homicídio de um advogado em dezembro do ano passado, em Mato Grosso.

O caso levou ao afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com dez tiros em dezembro passado.

Na ocasião, ele estava dentro do carro, em frente ao seu escritório em Cuiabá.

Em seu celular, havia mensagens que levantaram suspeitas de vendas de decisões por gabinetes de quatro ministros do STJ.

As investigações iniciais apontavam como uma das motivações processos de disputas de terras que tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Outro caso de venda de sentenças ainda em andamento é no Tribunal de Justiça da Bahia.

Lá, a operação Faroeste se transformou no maior caso de venda de decisões judiciais do Brasil.

Nos últimos meses, duas desembargadores baianas se tornaram rés (uma delas pela segunda vez) no âmbito da operação, juízes do sul do estado foram afastados sob suspeita de irregularidades em questão fundiária e um magistrado da região oeste disse sofrer ameaças por julgar casos relacionados a grilagem.

No início de julho passado, a Corregedoria Nacional de Justiça decidiu fazer uma investigação diante de nova suspeita de irregularidades no tribunal, com convocação de testemunhas e análise de equipamentos eletrônicos.

Ao mesmo tempo, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou uma apuração profunda sobre o tribunal, em decorrência de “gravíssimos achados”.

Entre eles, estão problemas na vara de Salvador encarregada de analisar casos de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Há relatos de atrasos dos juízes em audiências, ineficiência e servidores da vara com temor de represálias de magistrados.

Cuiabá é uma das cidades alvo da Operação Ultima Ratio, que investiga supostos crimes de vendas de sentença, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A ação foi deflagrada nesta quinta-feira (24), no estado vizinho.

Segundo a PF, são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.

 

 

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