O deputado Hasan Bitmez, da Turquia, morreu na manhã desta quinta-feira (14), dois dias depois de desmaiar na tribuna do Parlamento enquanto fazia críticas às ações do governo Erdogan sobre a guerra entre Israel e Hamas.
Bitmez estava internado no Hospital da Cidade de Ancara em estado grave após sofrer um ataque cardíaco na tribuna e ser socorrido por outros parlamentares. O político de 54 anos – que era diabético e tinha dois stents cardíacos – havia batido a cabeça no chão durante o desmaio. Após a confirmação da morte, o ministro da Saúde turco, Fahrettin Koca, prestou condolências. “Que Deus tenha piedade do nosso deputado”, declarou.
No discurso dessa terça (12), o parlamentar criticava a manutenção das relações comerciais entre Turquia e Israel. “Mesmo que a história se cale, a verdade não ficará em silêncio. Eles [Israel] pensam que, se se livrarem de nós, o problema estará resolvido. Mesmo que se livrem de nós, não se livrarão da culpa. Se se livrarem do castigo da história, não se livrarão do castigo de Alá”, havia declarado o deputado.
Bitmez era formado pela Universidade de Al-Azhar, na capital do Egito, e atuava como presidente do Centro de Pesquisa da União Islâmica. Apesar das críticas do Felicity, partido que Bitmez integrava, ao AKP, partido governista, o presidente Recep Erdogan tem criticado publicamente a atuação de Benjamin Netanyahu no conflito.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.