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Política Nacional

Defesa de Bolsonaro recebe documento que viabiliza devolução de armas

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Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro de 2022
Estevam Costa/PR

Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro de 2022


O Exército emitiu, nesta terça-feira (21), o documento necessário para a defesa de Jair Bolsonaro (PL) devolver as armas que o ex-presidente trouxe para o Brasil após visitar o Oriente Médio. Os itens foram presentes do presidente dos Emirados Árabes.

A guia de tráfego autoriza o transporte legal da pistola de calibre 9 mm, modelo 1911, e do fuzil de calibre 9 mm, modelo CAR 816, que estão no acervo pessoal do ex-chefe do Executivo federal. A defesa de Jair afirmou estar “em total condição de entrega dos bens”. 

O documento autoriza o trânsito das duas armas de fogo da fabricante árabe Caracal até a próxima segunda-feira (21).

“A defesa do ex-Presidente encontra-se em total condição de entrega dos bens — conforme por ela mesma requerido e acolhido em decisão plenária do TCU —, não o tendo feito até o momento, a despeito de estar dentro do prazo assinado, por haver aguardado a expedição da “Guia de Tráfego Especial”, fato ocorrido na manhã de hoje, documento imprescindível para garantir o trânsito legal na entrega das duas armas presenteadas pelos Emirados Árabes”, informou em nota obtida pelo jornal O Globo.


Os advogados do ex-presidente ainda questionaram mais uma vez o Tribunal de Contas da União sobre o local exato de entrega dos itens. A mesma consulta já foi realizada na última segunda-feira (20). 

Os advogados do ex-chefe do Executivo já estão com as joias milionárias que também estavam no acervo de Bolsonaro. Augusto Nardes, ministro do TCU e relator do caso, enviou a consulta ao plenário da Corte.

Na última quarta-feira (15), o Tribunal determinou que as joias deveriam ser entregues em um prazo de cinco dias úteis e à Secretaria-Geral da Presidência da República.

Contudo, a defesa de Jair disse que não foi oficialmente notificada. Eles desejam entregar os itens a alguma agência da Caixa Econômica Federal, dado que a Secretaria da Presidência informou que não dispõem de estrutura para armazenar as joias.

A caixa de joias que estava no acervo pessoal de Bolsonaro conta com um rosário islâmico, um relógio, uma caneta feita de ouro, abotoaduras e um anel. Um outro pacote de joias está retido na Receita Federal, conta com anel, colar, relógio e brincos de diamantes e equivale a cerca de R$ 16,5 milhões.

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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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