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MATO GROSSO

Defensoria Pública reforça relevância de atuação integrada

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Nesta terça-feira (25), durante a Jornada de Entrevistas da campanha #JuntosPorElas, a defensora pública-geral em Mato Grosso, Maria Luziane Ribeiro de Castro, destacou a importância do trabalho integrado das instituições na defesa das mulheres vítimas de violência. Ela e a defensora pública Rosana Leite foram convidadas para falar sobre “A violência doméstica e familiar contra a mulher e as funções desempenhadas pela Defensoria Pública de Mato Grosso”.

A defensora pública-geral explicou que a instituição trabalha no ajuizamento de ações, relacionadas a alimentos (pensão alimentar), divórcio, reconhecimento e dissolução de união estável, fixação de guarda dos filhos, requerimento de medida protetiva de urgência, encaminhamento para a rede de atendimento à mulher em situação de violência (assistência social, saúde, habitação, educação, segurança pública, entre outros).

Acrescentou que a Defensoria também atua de forma preventiva por meio da educação em direitos, promoção de palestras sobre o tema e com campanhas educativas que visam à efetivação do princípio da igualdade de gênero, em especial com enfoque em políticas públicas que combatam as discriminações sofridas por mulheres. “Onde estiverem falando de mulheres, que a Defensoria esteja lá. Queremos cada vez mais fazer parte dessa rede de proteção”, afirmou a defensora pública-geral.

Quando se fala em violência contra mulher é importante destacar que estão incluídos todos os tipos: física, psicológica, sexual, doméstica, patrimonial, moral, social, obstétrica, dentre outras formas. 

“Nós construímos um protocolo de atendimento para atender as mulheres, que é usado em todas as unidades da Defensoria. Neste protocolo orientamos como deve ser feito o acolhimento dessa mulher em situação de violência, das mais amplas situações de violência e como proceder. Nosso objetivo é melhorar cada vez mais o atendimento”, ressaltou a defensora pública-geral.

Já a defensora pública Rosana Leite ressaltou que a instituição vem cada vez mais ampliando seus canais de atendimento. “Nós atendemos presencialmente, mas também fazemos atendimento online, por e-mail e por whatsApp. Queremos que todas as mulheres se sintam acolhidas”.

Rosana Leite, que atua no Núcleo da Defesa da Mulher em Cuiabá (Nudem), composto por diversas instituições, ressalta a importância do trabalho integrado. “Precisamos cada vez mais da união de todos para que, juntos, possamos defender os direitos das mulheres. Isso é muito importante. A sociedade precisa dar crédito às falas das mulheres”.

Ela destacou a importância da elaboração de políticas para mulheres, enalteceu a criação, em 2024, da Superintendência de Políticas Públicas para as Mulheres em Mato Grosso e reforçou que o Estado tem que continuar avançando para, num futuro próximo, ter uma Secretaria da Mulher. “Precisamos colocar a mulher como centro das políticas públicas, já que a maioria das ações de combate à violência são transversais. Ou seja, não dependem de uma única instituição ou órgão de governo”, pontuou.

Veja aqui o programa na íntegra

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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