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BRASIL

De dois anos para cá, mais de 1,3 mil brasilienses conquistaram a dupla cidadania

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De dois anos para cá, mais de 1,3 mil brasilienses conquistaram a dupla cidadania
Henrique Neri

De dois anos para cá, mais de 1,3 mil brasilienses conquistaram a dupla cidadania

A procura por uma possibilidade de moradia no exterior é crescente e alimenta o sonho de inúmeros brasileiros que buscam uma solução regularizada para deixar o país de origem, seja qual for o motivo.

Com as possibilidades legais de diferentes nações, como a ascendência até 4º grau (a depender do país), o elo ancestral ainda é a melhor alternativa para quem ainda planeja vivenciar uma nova realidade segura, especialmente na Europa .

Para se ter ideia, de dois anos para cá, pelo menos 1.380 brasilienses solicitaram a cidadania italiana sob a alegação de serem descendentes de avós e bisavós nascidos naquele país, um dos que mais concede passaporte para estrangeiros.

Além desses, outros 84 moradores da capital recorreram para pedir a cidadania portuguesa e 11, a espanhola. Há ainda o registro de cinco que reivindicaram o passaporte italiano e o português juntos.

As informações, ainda que parcialmente oficiais, são da empresa Cidadania4U , startup que começou pequena em Brasília, mas que atualmente é considerada uma das maiores do mercado nacional, justamente por facilitar não apenas o processo, que costumava ser demorado e rigoroso, mas também por criar condições tecnológicas para que os interessados acompanhassem em tempo real a solicitação.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a Constituição Federal do Brasil prevê a possibilidade de que brasileiros possam ter dupla cidadania em duas hipóteses: por meio do reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira ou por imposição de nacionalidade pela norma do país em questão, através do processo de naturalização.

Apesar da aparente simplicidade do processo, a obtenção da dupla cidadania pode ser bastante complexa, exigindo documentação específica e conhecimento legal. Foi pensando nisso que os irmãos Gianesini fundaram a Cidadania4U, especializada em serviços voltados para a cidadania da Itália, de Portugal e Espanha.

A busca pelo documento tem um motivo: os passaportes europeus podem garantir , por exemplo, a permanência de moradia de brasileiros natos em qualquer territórios de algum país pertencente à União Europeia (UE).

Da mesma forma, também auxilia o acesso a países, como os Estados Unidos, já que não há necessidade de vistos para essa categoria. Com isso, até aquelas longas filas da imigração podem virar coisas do passado.

Além de brasileiros, a empresa brasiliense também atua para fornecer o mesmo documento para argentinos e uruguaios, visto que os dois países vizinhos têm grande concentração de descendentes europeus, que fugiram da Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) com destino à América do Sul em grandes navios.

Hoje, estima-se que cerca de 30 milhões de descendentes de italianos e 25 milhões de portugueses tenham a chance de receber a cidadania europeia, o que equivaleria a aproximadamente 15% da população do páis.

Start-up

Desde que foi criada, por incrível que pareça, não houve um pedido sequer negado pelos países, segundo a empresa, o que resulta em 100% de eficácia nas solicitações de dupla cidadania.

Com apenas cinco anos de atuação, a startup já se consolidou no mercado, sendo procurada por brasileiros de todo o país em busca de auxílio para obter a dupla cidadania. Segundo a empresa, os estados que mais demandam solicitações são Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Paraná, além do Distrito Federal.

Mas a história não começa sem contexto, vale lembrar. É que, em 2017 os irmãos Rafael e Rodrigo Gianesini decidiram ingressar no processo para tentar adquirir a cidadania italiana e, como estavam por conta própria, gastaram valores inacreditáveis e, para piorar, não tinham nenhum retorno sobre como estaria o andamento da solicitação.

A burocracia e a falta de transparência no processo fizeram com que os dois irmãos, ambos da área de tecnologia, criassem a plataforma, em 2019, para facilitar a vida de quem busca um trâmite mais ágil, sem a perda de tempo e de dinheiro, principalmente, em etapas que muitos interessados sequer conhecem dentro da tramitação do processo.

A ideia nasceu pequena, mas hoje a empresa figura entre umas das melhores do Centro-Oeste para se trabalhar e ainda ostenta ter a palavra de garantia no sucesso da empreitada.

“Gastamos muito dinheiro naquela época, e vocês não conseguem mensurar. E achamos aquilo um absurdo. Foi quando decidimos aliar nossas formações para tornar viável o sonho de outras pessoas de morar fora, seja por necessidade ou por um plano B”, disse Rodrigo.

Contudo, um dos lemas internos seria não alimentar os clientes com desculpas e mentiras, já que os dados de eficácia, nos dias de hoje, são os principais motivos para que novos interessados busquem os serviços da plataforma brasiliense.

“Quando analisamos o processo e percebemos algo de errado, alguma dificuldade, acionamos o cliente, comunicamos a impossibilidade e devolvemos o dinheiro investido de forma integral. Não temos a intenção de lesar ninguém que nos procura, por isso o nosso índice de resultados é tão alto”, disse Rodrigo, durante entrevista ao GPS|Brasília .

Transparência

Um dos pontos apontados para esse sucesso é que, lá no passado, quem quisesse obter a cidadania de outro país, deveria procurar, por meio de pesquisas físicas, documentos comprobatórios de conexões familiares, além de uma série de exigências determinadas pelas legislações individuais de cada nação.

Com o passar do tempo, a digitalização de informações e a celeridade para ter acesso a confirmações de hereditariedade facilitaram a tramitação processual, reduzindo 10 vezes menos o tempo o qual era registrado em períodos anteriores.

Caso algum leitor tenha interesse, vale lembrar: o processo não é, digamos, barato. Para se ter ideia, uma família, com as mesmas linhagens e documentações, pode ultrapassar o investimento de R$ 50 mil. A questão é que, anteriormente, esse valor era individual, sem a certeza da do êxito para a obtenção do passaporte desejado.

“Agora, dentro de uma mesma família, conseguimos aproveitar a maior parte dos documentos, o que facilita a vida dos nossos consultores e agiliza também o tempo para que o país se posicione, reduzindo os custos”, completou.

Família unida

CEO da Cidadania4U, Rodrigo Gianesini lembrou de um caso, quando, em determinado momento, um rapaz chegou a se interessar pelos serviços da empresa dele, mas ao tomar consciência dos valores, acabou sendo desestimulado. Contudo, o cliente teve a ideia de entrar no Facebook (à época ) e pesquisar todos os usuários que divulgavam o mesmo sobrenome italiano dele.

“De uma só vez, abrimos o processo para 56 integrantes de uma mesma família. Quando abrimos a videoconferência, demoramos mais de 40 minutos só para esperar todo mundo se identificar. Eles eram parentes, mas não se conheciam. E, no final, todos receberam o passaporte italiano”, descreve.

Com a credibilidade sendo comentada e a ajuda das redes sociais. a empresa fundada pelos dois irmãos cresceu rapidamente e calculou faturamento de R$ 1 milhão, em 2019, mas com o registro de que o valor pulou para R$ 56,5 milhões no ano passado.

Em 2023, diz Rodrigo, deu mais uma alavancada para R$ 100 milhões, o que fez com que os dirigentes fixassem a meta para atingir os R$ 150 milhões neste ano.

O motivo do sucesso não tem segredo, diz Rodrigo. O mercado de descendentes europeus no Brasil é vasto, com cerca de 30 milhões de linhagem italiana e 25 milhões de portugueses, todos com possibilidade de conquistar a cidadania europeia. O valor representa aproximadamente 15% da população nacional.

Para dar vazão a esse número respeitoso de interessados, a empresa diz ter investido mais de R$ 5 milhões para o desenvolvimento da tecnologia utilizada para agilizar o processo da nova cidadania.

Atualmente, para auxiliar nos números positivos de entrega, a Cidadania4Uu conta com mais de 400 especialistas, que atuam em diversas frentes, desde pesquisa genealógica, busca de certidões, preparação documental e assistência jurídica, inclusive nos tribunais internacionais.

Herança

Além das várias vantagens, o documento oficial de cidadania é uma herança que pode ser transmitira aos próprios filhos, o que que garante segurança e facilidades diplomáticas.

Quando o pai ou a mãe adquirem o direito, o benefício é automaticamente estendido aos filhos, desde que menores de 18 anos. Os maioritários, vale lembrar, precisam passar pelo mesmo processo que os pais venceram.

A juventude brasileira pode ter na cidadania europeia uma oportunidade para estudar em instituições europeias ou mesmo integrar convênios com universidades de outros países com fortes relações diplomáticas. Para se ter ideia, países como Itália, Portugal e Espanha oferecem sistemas educacionais de extrema qualidade e a cidadania facilita o acesso a esses recursos.

De acordo com Rodrigo Gianesini, a força de uma cidadania européia é inegável. Passaportes de países como Itália, Espanha, França, Alemanha, Japão e Singapura permitem a entrada sem visto em 194 destinos, seguido por Áustria, Dinamarca, Irlanda e Holanda com 193 destinos.

Países como Finlândia, Coreia do Sul e Suécia oferecem acesso a 192 destinos, enquanto Portugal, Reino Unido, Bélgica, Luxemburgo e Noruega abrem portas para 191 destinos, sem a necessidade burocrática para acessar cada território.

Na mesma lista, divulgada anualmente, o passaporte brasileiro permite o ingresso, e sem visto, em pelo menos 173 países espalhados pelo mundo, com exceção de várias das grandes potências mundiais.

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Fonte: Nacional

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BRASIL

Nova pesquisa mostra PP na liderança na OAB-MT; Gisela despenca e Xênia cresce

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Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.

Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.

Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.

Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.

O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.

O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.

 

Fonte: OAB MT

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