Os componentes da Câmara Setorial Temática (CST) que discute o desenvolvimento das diferentes regiões do estado se reuniram pela sexta vez desde a sua instalação, para debater a elaboração de ações para reconhecer e valorizar a vocação econômica de cada região do estado. Esta foi a segunda reunião deste ano do CST do Fórum Mato-grossense de Desenvolvimento Regional, que tem o deputado Thiago Silva (MDB) como requerente e presidente e o professor Benedito Pereira, como relator.
Durante o encontro desta quinta-feira (11) entraram em pauta dois assuntos: Eixo Ambiental com o biólogo e diretor da Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Assistência Técnica e Extensão Rural (EMPAER), Glieber Henriques; e Eixo Social, com palestra do superintendente da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (SEAF), Luciano Gomes Ferreira.
“A agricultura familiar tem um papel fundamental no desempenho para a oferta de alimentos. Ela contribui e também proporciona para a redução de desigualdades regionais interpessoais, sobretudo porque ela é uma instituição historicamente é importante no modo condução capitalista”, disse Sebastião Pereira.
O relator lembrou ainda que agricultura familiar é “muito intensiva para a mão de obra. Acho que essa é a questão mais relevante e importante que ela proporciona para o capitalismo, e um dos avanços está baseado no crescimento da inovação mecânica do modo produção capitalista, por que a inovação mecânica substitui a mão de obra”, relata Pereira.
O diretor da SEAF, lembrou que agricultura familiar tem um papel fundamental de promover o desenvolvimento da cultura familiar no estado Mato Grosso.
“Nessa missão, nós temos como premissa os investimentos. São maquinários, equipamentos, mudas, ou seja, fomenta, a produção. Temos também trabalhos como a criação de um sistema integrado que visa informações por meio de microcomputadores, que contribuem para a definição estratégica e prioritárias das cadeias produtivas no Estado”, afirmou ele.
O relator da CST avalia que as duas palestras de hoje foram oportunas para mostrar como se encontram as desigualdades territoriais dos municípios.
“Essa é uma das essências dessa Câmara Setorial, que tem por objetivo realizar um trabalho com uma plataforma teórica para depois comparar com a economia de Mato Grosso, resultando em alternativas para combater as desigualdades regionais dos municípios. A CST adquire um papel importante de propor sugestões que tornem esse modelo mais inclusivo, o que certamente ocorrerá num contexto de diversificação da economia”, explicou ele.
Vale destacar que, apesar dos índices de crescimento alavancados pelo agronegócio, Mato Grosso é um estado marcado pelas desigualdades regionais. De acordo com dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), das 142 cidades, 106 têm menos de 20 mil habitantes e apresentam dificuldades para crescer econômica e socialmente.
Participam da CST, membros do curso de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Assembleia Legislativa, Governo de Mato Grosso e entidades ligadas ao desenvolvimento socioeconômico.
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