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Crimes de guerra foram cometidos por Israel e pelo Hamas, afirma ONU

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População palestina se desloca na Faixa de Gaza
Divulgação/UNRWA

População palestina se desloca na Faixa de Gaza

Nesta quinta-feira (29), o chefe do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Volker Turk afirmou que tanto Israel quanto o Hamas cometeram crimes de guerra no conflito na Faixa de Gaza. Turk pediu, ainda, que todas as partes envolvidas sejam investigadas e que os culpados sejam responsabilizados.

“Violações claras dos direitos humanos internacionais e das leis humanitárias, incluindo crimes de guerra e possivelmente outros crimes sob a lei internacional, foram cometidos por todas as partes”, afirmou Turk ao conselho. “É hora – já passou da hora – de paz, investigação e responsabilidade”, prosseguiu.

De acordo com Turk, que apresentou um levantamento sobre a situação dos direitos humanos em Gaza e na Cisjordânia ocupada por Israel, foram registrados “muitos incidentes que podem ser considerados crimes de guerra pelas forças israelenses”. Acrescentou que também há indícios de que as forças israelenses se envolveram em “alvos indiscriminados ou desproporcionais”, violando a lei internacional.

O representante da ONU também apontou a responsabilidade do grupo militante Hamas nos ataques, afirmando que os lançamentos de projéteis indiscriminados no Sul de Israel, bem como a manutenção de reféns também violam o direito humanitário internacional.

Militantes do Hamas mataram 1.200 pessoas e capturaram 253 reféns em um ataque a Israel em 7 de outubro, de acordo com os registros israelenses.

Em resposta, Israel fez uma ofensiva na Faixa de Gaza, área sob controle do Hamas, para resgatar os reféns restantes e erradicar o grupo militante. De acordo com as autoridades de saúde do enclave palestino, mais de 30 mil pessoas foram mortas pelas Forças de Israel em suas ofensivas – a maioria delas mulheres e crianças.

25% da população de Gaza está a um passo da fome, diz ONU

Nesta terça-feira (27), o diretor-coordenador do Gabinete da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Ramesh Rajasingham, afirmou que ao menos 576 mil pessoas na Faixa de Gaza — um quarto da população — estão a um passo da fome.

Ramesh afirmou, durante reunião do Conselho de Segurança da ONU, que a organização e grupos de auxílio humanitário têm enfrentado “enormes obstáculos apenas para levar um mínimo de suprimentos para Gaza”.

Ele adicionou que a fome generalizada pode ser “quase inevitável” se a comunidade internacional não se comprometer em prestar auxílio e se as Forças Israelenses não pararem de impedir a chegada das caravanas de ajuda na região.

“Muito pouco será possível enquanto as hostilidades continuarem e enquanto houver risco que elas se espalhem em áreas superlotadas no sul de Gaza. Nós, portanto, reiteramos nosso apelo por um cessar-fogo”, disse Rajasingham.

Ele afirmou ao Conselho que, na região norte de Gaza, uma em cada seis crianças menores de dois anos sofre de desnutrição severa e definhamento. Além disso, todos os 2,3 milhões de refugiados dependem de auxílio alimentar “lamentavelmente inadequado” para sobreviver.

ONU acusa Israel de bloquear a entrada de ajuda em Gaza

As autoridades israelenses afirmam que estão fazendo o possível minimizar os danos aos civis. No entanto, nesta terça-feira (27) a ONU acusou o governo Israelense de impedir a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

O porta-voz do Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, Jens Laerke, afirmou que todos os comboios de ajuda, que deveriam ter entrado pelo Norte da Faixa de Gaza, foram impedidos pelas autoridades de Israel nas últimas semanas.

Laerke afirmou que até as caravanas autorizadas e negociadas pelo governo israelense têm sido bloqueadas e atacadas pelas Forças Israelenses.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a última entrada de ajuda humanitária no território palestino aconteceu há mais de um mês, em 23 de janeiro.


Embaixador palestino condenou ataque do Hamas

Em discurso no Conselho de Direitos Humanos da ONU, o embaixador palestino Ibrahim Khraishi disse: “Condenamos o que aconteceu em 7 de outubro e o fazemos com firmeza, mas ninguém está realmente condenando o fato de mulheres, crianças e idosos terem sido mortos”.

Fonte: Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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