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MATO GROSSO

Cresce fluxo de passageiros nos aeroportos do interior e taxa de ocupação em hotéis

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O fluxo de passageiros em aeroportos do interior do Estado cresceu em 2023, em comparação com 2022, segundo o Boletim do Turismo, publicado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) nesta semana. Conforme o estudo, elaborado pela Secretaria Adjunta de Turismo, no ano passado, 3,3 milhões de passageiros, entre embarques e desembarques, passaram em Mato Grosso.

A quantidade de viajantes que passam pelos aeroportos de Várzea Grande, Rondonópolis, Sorriso, Sinop e Alta Floresta é considerada um indicador importante para traçar estratégias de acesso aos destinos e atrativos turísticos do Estado, já que os aeroportos são as principais formas de entrada de turistas estrangeiros e de outros estados em Mato Grosso.

“O monitoramento do setor através dos indicadores de desempenho aponta caminhos a serem tomados tanto pelo Governo, que fomenta o setor pelas políticas públicas, quanto pelos empresários, que se guiam pelos números e identificam oportunidades para investimentos, o que torna o papel o Observatório do Turismo MT essencial”, ressaltou o turismólogo e analista da Sedec Leandro Lima, responsável pela elaboração do Boletim do Turismo.

Cerca de 85% dos embarques e desembarques em Mato Grosso são realizados pelo Aeroporto Marechal Rondon. Em reforma desde abril de 2023, ele é o principal portão de entrada no Estado e recebeu o fluxo de 2,8 milhões de passageiros no ano passado.

O Boletim do Turismo também apontou que os voos no interior do Estado cresceram em 2023.

No aeroporto de Sinop, o primeiro que foi reformado pela concessionária Centro Oeste Aiports, houve um fluxo de 342.493 embarques e desembarques em 2023, um aumento de 12,3% em comparação ao ano anterior. Já o aeroporto de Rondonópolis finalizou 2023 com 51,5 mil passageiros, 22% a mais que o fluxo de 2022.

Em Alta Floresta, os embarques e desembarques contaram com 51,6 mil passageiros, enquanto o aeroporto de Sorriso recebeu 48.403 passageiros.

A taxa de ocupação de hotéis também mostrou um leve aumento em relação a 2022. Conforme os dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH MT), houve melhora na taxa de ocupação e na diária média dos meios de hospedagem de Cuiabá e Várzea Grande.

A taxa média total de ocupação em 2023 foi de 64,3%, uma melhora de 0,5% em relação a 2022 (63,8%). Os meios de hospedagem são divididos em dois grupos por estrelas, sendo o primeiro com 2 e 3 estrelas, e o segundo com 4 e 5 estrelas. O primeiro grupo obteve uma taxa média de 63,27% em 2023, já o segundo ficou com 65,29%.

O Boletim do Turismo ainda apontou que os meses de janeiro e fevereiro registraram a menor taxa média para o grupo de hotéis de 2 a 3 estrelas (54,22%), e dezembro para o grupo de 4 a 5 estrelas, com 54,46%. Já o melhor desempenho foi registrado em agosto para ambos os grupos, com 76,37% para o primeiro e 75,01% para o segundo grupo.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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