“Eu vou colaborar com vocês a partir do momento que os meus advogados tiverem acesso aos autos acusatórios contra esta pessoa que aqui está, que até hoje não sabe porque tem pago um preço tão alto e tanta humilhação”, disse Macedo. “Então, quando tiver acesso aos autos, vocês podem me convocar novamente aqui que eu vou colaborar com vocês”, disse Wellington.
O magistrado decidiu que o colegiado conceda “o tratamento próprio à condição de investigado, assegurando-lhe os direitos de: não assinar termo de compromisso na qualidade de testemunha; não responder sobre fatos que impliquem autoincriminação; não serem adotadas quaisquer medidas restritivas de direitos ou privativas de liberdade, como consequência do uso da titularidade do privilégio contra a autoincriminação”.
O blogueiro bolsonarista Wellington Macedo foi preso pela Polícia Nacional do Paraguai na última quinta-feira (14) e entregue à Polícia Federal brasileira no mesmo dia. Ele estava foragido desde o dia 5 de janeiro.
Além dele, outras duas pessoas, que já estão presas, foram condenadas pela tentativa de atentado em Brasília.
Macedo foi condenado a seis anos de prisão em regime fechado, além do pagamento de uma multa de R$ 9,6 mil. Os outros envolvidos no caso são George Washington de Oliveira Sousa — com pena de nove anos e quatro meses de prisão — e Alan Diego dos Santos Rodrigues — com pena de cinco anos e quatro meses.
Wellington ainda fazia parte de um grupo que realizava protestos contra a eleição presidencial de 2022, que garantiu a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele ainda gravou vários vídeos pedindo para as pessoas irem às ruas e incitando a violência.
Artefato explosivo
A tentativa de explosão em Brasília realizada pelo trio, no dia 24 de dezembro do ano passado, não obteve sucesso. Segundo a Polícia Militar, por volta das 7h30 da manhã, uma caixa com o explosivo foi colocada em um caminhão de combustíveis que estava a caminho do aeroporto. O motorista do veículo estranhou o material e acionou os militares.
O material, que estava em uma via próxima ao Aeroporto Internacional de Brasília, foi recolhido pelo esquadrão anti-bombas e enviado à perícia da Polícia Civil do Distrito Federal.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.