Ann-Elin Norddal é norueguesa e chegou à Costa Rica há cerca de 15 anos. Atualmente, é uma das cofundadoras de uma microempresa de cacau no país caribenho. O outro cofundador é o marido de Ann-Elin, o costa-riquenho Aldo Sánchez. Juntos, eles criam as duas filhas e cuidam da plantação de cacau no quintal de casa, em Turrealba, a 70 quilômetros da capital San José. O projeto tem o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
“Muita gente come chocolate todos os dias, mas nem imagina como o processo realmente funciona”, disse Ann-Elin. Ela lembra que, atualmente, poucas pessoas apreciam, por exemplo, o chocolate com altas concentrações de cacau – a maioria ainda prefere o popular chocolate ao leite, onde há pouco fruto e muito açúcar.
“Torcemos para que aconteça com o cacau como o que ocorreu no mundo dos vinhos. Um excelente trabalho de marketing ajudou a educar os consumidores sobre os bons vinhos”, destaca a microempresária.
“Queremos fazer do plantio do cacau na Costa Rica algo atrativo novamente e, para isso, precisamos de soluções rentáveis”, destacou Aldo. Segundo ele, o projeto começou pequeno, mas, atualmente, a microempresa e a plantação de cerca de 4 hectares já se preparam para iniciar o processo de exportação do chocolate produzido na Costa Rica. “Se fala muito hoje em economia circular, segurança alimentar. Ter o apoio de instituições como o IICA é fundamental. Não podemos pensar que, na Costa Rica, vamos competir em volume de produção. O foco precisa ser a qualidade.”
Cacau costa-riquenho – Paula Laboissiére/Agência Brasil
De acordo com o coordenador do Programa AgroInnova do IICA, Pedro Avendaño, a entidade aposta em projetos como o de Ann-Elin e Aldo no intuito de torná-los replicadores de um modelo de cultivo para outros produtores locais. “São o que chamamos de produtores e produtoras líderes. Trata-se é um modelo de cultivo do cacau sem trabalho infantil e com muito aprendizado sobre a cultura do cacau. É um setor que estava muito deprimido, mas que estamos levantando”, concluiu.
*A repórter viajou a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.