Ao som de tambores e afoxés, um cortejo animado percorreu a orla do bairro do Rio Vermelho, em Salvador, no último sábado (6), para comemorar os 20 anos da Política Nacional Cultura Viva (PNCV). O evento contou com a presença da ministra da Cultura , Margareth Menezes , e reuniu cerca de 250 pessoas, entre parlamentares, autoridades, mestres, gestores e fazedores de cultura de todo o país.
Em declaração durante a celebração, a ministra destacou a importância da PNCV como uma política abrangente e descentralizada, que promove a conexão entre cultura, educação, desenvolvimento e inclusão social.
“A Cultura Viva materializa a conexão entre cultura, educação, desenvolvimento, inclusão social, cidadania como política de cultura abrangente e descentralizada, em rede, em diálogo e escuta com as comunidades, com os territórios e com o povo brasileiro”, afirmou Margareth Menezes.
Além disso, a ministra ressaltou a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), que beneficiará os mais de 5.900 Pontos de Cultura espalhados pelo país. A PNCV receberá anualmente R$ 388 milhões da PNAB, que serão destinados a estados e municípios para investimentos culturais. No entanto, Margareth Menezes destacou a importância da sociedade civil acompanhar a execução dos investimentos.
O ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, presente no evento, enfatizou a importância dos Pontos de Cultura como representantes da diversidade brasileira.
“Os Pontos de Cultura são as expressões dessa rica diversidade cultural que nós temos. É preciso fortalecê-la, incentivá-la, valoriza-la. Não existe coesão nacional de nenhum povo sem a cultura no mundo”, explicou.
O evento também contou com uma programação artística diversificada, com apresentações de artistas como Márcia Castro, Roda de Sambareggae, Afoxé Filhos de Gandhi, Afoxé Filhos do Congo, Bancoma, Charanga da Cultura Viva, Mãe Beth de Oxum, entre outros.
Antes do cortejo, a ministra se reuniu com membros da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura (CNPdC) para discutir sugestões de ações estratégicas para fortalecer a PNCV nos próximos 20 anos. Entre as demandas estão a institucionalização do Movimento Nacional Cultura Viva, capacitação dos agentes culturais e simplificação dos processos para acessar recursos federais.
O ato celebrativo faz parte do Encontro Nacional Cultura Viva 20 anos, que aconteceu entre os dias 3 e 6 de julho, com debates sobre os avanços, desafios e o futuro da PNCV, além de capacitações da rede. O evento foi organizado pelo MinC em parceria com universidades e apoio do Governo do Estado da Bahia e da Prefeitura de Salvador.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.