O Supremo Tribunal da Rússia chegou à decisão de que o movimento ativista pela causa LGBTQIA+ equivale a uma organização extremista. As informações são do G1.
Validada na última semana, a decisão já desencadeou ações de repressão, incluindo batidas policiais em espaços como bares e boates gays da capital.
“Isto é uma repressão real. Há pânico na comunidade LGBTQIA+ da Rússia. As pessoas estão emigrando com urgência. A palavra que estamos usando é evacuação. Estamos tendo que evacuar do nosso próprio país. É terrível”, disse Sergei Troshin, vereador de São Petersburgo que se declarou gay no ano passado, a BBC News.
A justificativa da instituição sobre o veredito foi de que o ativismo do grupo estaria incitando a discórdia social e entrando em conflito com questões religiosas.
Para a oposição do governo de Vladimir Putin, a decisão serve de bode expiatório para distrair a opinião pública das consequências advindas da invasão russa na Ucrânia no período que antecede as eleições presidenciais.
Em princípio, os maiores efeitos em relação à decisão foram a proibição das cirurgias de mudança de sexo, dos tratamentos hormonais, adoção de crianças e casamento entre pessoas LGBTQIA+.
Pessoas que portarem bandeiras com o arco-íris, símbolo da causa, podem levar de 15 dias a quatro anos de prisão.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.