Connect with us

Agronegócio

Corte de incentivos a empresas signatárias da moratória da soja pode ser votado hoje

Publicado

em

Depois de receber pedido de vistas na última semana, o projeto de lei que propõe a retirada dos incentivos fiscais concedidos às empresas signatárias da moratória da soja deve entrar em segunda votação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Proposto pelo deputado Gilberto Cattani (PL-MT), o projeto tende a entrar em pauta na sessão desta quarta-feira (21).

A retirada dos incentivos fiscais em Mato Grosso é um pleito do setor produtivo, à exemplo de Rondônia cuja lei já foi aprovada.

Conforme o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, o setor produtivo do estado aguarda que haja “sensibilidade” e “consciência” dos parlamentares.

“Nós tivemos um exemplo em Rondônia, que essa lei já foi aprovada. Não podemos permitir que um acordo comercial com empresas compradoras da Europa, que sobrepõe até a última lei europeia, que é mais agressiva ainda, venha prejudicar a economia do nosso estado, dos nossos municípios e ainda mais a competitividade dos nossos produtores”, diz Lucas Beber ao Conexão FPA-MT desta semana.

Coordenador da FPA-MT, o deputado Dilmar Dal Bosco pontua que a situação vivida hoje não pode seguir, entretanto há uma “preocupação” no que tange a segurança jurídica do projeto de lei.

A preocupação, segundo o parlamentar, é que o projeto se torne “um repelente em algumas situações”.

“A moratória da soja nada mais é do que um grande comércio que as tradings tem usado, muitas vezes para inibir a nossa produção, para diminuir o preço da nossa produção. Talvez esse seja um remédio de dose forte, mas importante para que eles também entendam que estamos juntos com o setor produtivo”.

O deputado Gilberto Cattani frisa que não há nenhuma lei ou projeto referente a imposição da moratória da soja.

“O que acontece é que empresas que cuidam da comercialização de commodities tem interesse no exterior e algumas exigências do exterior fizeram com que se implantasse uma moratória sobre a soja e a carne brasileira. Se você desmatou dentro da legalidade, daquilo dentro do nosso Código Florestal permitir, obviamente você está legal. Então, ninguém pode impedir você de comercializar o seu produto”.

Gilberto Cattani explica ao Conexão FPA-MT, do Canal Rural Mato Grosso, que a lei confeccionada em Mato Grosso “é justamente para inibir essas empresas de praticarem este ato”.

“É inadmissível que o governo do estado ofereça um incentivo para uma empresa que está defraudando o seu produtor rural. Isso com certeza impacta muito no bom andamento dos municípios e nós não podemos deixar que isso aconteça”.

Além da questão da moratória da soja, uma outra preocupação de parlamentares e lideranças do setor produtivo é com a ação do Ministério Público que quer proibir o uso de herbicidas à base de glifosato nas lavouras cultivadas em Mato Grosso.

“Hoje não há comprovação científica nenhuma que afirme que ele cause câncer. Ainda mais em cima de base ideológica”, ressalta o presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber.

De acordo com o presidente da Associação, o herbicida “é um dos menos tóxicos” e, caso venha a ser proibido, a sua substituição “seria por pelo menos três a quatro produtos com grau de toxidez maior”.

“E temos que lembrar que a aprovação de defensivos no Brasil passa pelo crivo do Ministério da Agricultura, Ibama e da Anvisa. É uma ferramenta que está há anos aí. Claro que o uso dela aumentou em Mato Grosso pela expansão de área que nós tivemos e também com a entrega dos transgênicos que permitiu usar na pós-emergência”.

Ainda segundo Lucas Beber, o apoio dos parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso na questão é importante, tanto que a entidade disponibiliza seus técnicos para os debates e sanar dúvidas.

O coordenador da FPA-MT, deputado Dilmar Dal Bosco, ressalta também que “pareceres técnicos, tanto da Alemanha quanto de outros países, falam que ele é nível cinco, não prejudicial à saúde”.

 “Ele é um produto para ajudar a nossa produção mato-grossense. Eu vejo que agora é só questão jurídica para que possamos permanecer com a utilização de glifosato. [Caso seja proibido] eu vejo que vamos cair muito a nossa produtividade, vamos passar a ter menos produção no pé de soja e vamos colher mais mato do que o próprio produto. É uma grande preocupação”.
Por Canal Rural

Continue Lendo

Agronegócio

Frente fria traz alívio para algumas regiões, mas clima seco ainda persiste no Centro-Oeste

Publicado

em

Por

Após um período de calor intenso e baixa umidade, o avanço de uma frente fria promete alterar o cenário climático em várias regiões do Brasil, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste. Segundo previsões meteorológicas, a semana será marcada por chuvas intensas, acompanhadas de granizo, o que pode causar impactos na agricultura em estados como São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Mesmo com a frente fria trazendo um breve alívio, o cenário de seca ainda preocupa. A irregularidade das chuvas, a baixa umidade e as temperaturas elevadas continuam a desafiar os agricultores e moradores das regiões mais afetadas. A previsão de normalização das chuvas apenas para novembro reforça a necessidade de cautela e monitoramento constante do clima nos próximos meses.

A expectativa é que, até sexta-feira (20.09), o volume de chuvas aumente consideravelmente nessas áreas, o que pode trazer um alívio para os produtores agrícolas, mas também representar um risco para cultivos devido ao potencial de tempestades severas e queda de granizo.

No Norte do país, o Acre e Rondônia também devem ser atingidos por chuvas intensas, que podem se estender até o oeste do Amazonas e partes de Mato Grosso.

No entanto, as autoridades alertam que o volume acumulado de precipitações ficará abaixo do esperado para o período. De acordo com boletim da Secretaria de Meio Ambiente do Acre, a previsão é de que as chuvas, embora intensas, não atinjam os níveis ideais para essa época do ano.

Enquanto isso, os moradores do Sudoeste de Goiás podem esperar um breve alívio do clima seco, com possibilidade de chuvas acompanhadas de aumento da nebulosidade e rajadas de vento.

No entanto, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afirma que a chance de precipitação é pequena e restrita a essa região. No restante do estado, o tempo seco deve persistir ao longo de setembro, embora a umidade do ar deva melhorar a partir de domingo, com índices subindo de 10% para até 30% em Goiânia.

Apesar das chuvas pontuais previstas para os próximos dias, as condições climáticas adversas continuarão a marcar o início de outubro. Os índices pluviométricos devem permanecer abaixo da média, com uma redução de 10 a 50 milímetros em comparação com o esperado para a época. A média histórica de chuva para Goiânia, por exemplo, é de 144,1 milímetros, mas os meteorologistas indicam que o volume de precipitações continuará abaixo desse patamar, devido à presença constante de massas de ar seco.

A melhora significativa das chuvas só deve ocorrer em novembro, quando as previsões indicam o retorno à normalidade. Até lá, as chuvas serão irregulares e isoladas, especialmente a partir do dia 8 de outubro.

Em grande parte do Centro-Oeste, o tempo seco persistirá nas próximas semanas. Mato Grosso, Minas Gerais, Tocantins, o sul do Pará, oeste da Bahia e várias áreas do Nordeste seguirão com umidade relativa abaixo de 30%.

O Inmet alerta para a continuidade do clima seco em Mato Grosso do Sul, especialmente na faixa central do estado, que se estende até a divisa com a Bolívia. Em outras áreas, embora as temperaturas ainda estejam altas, há uma leve redução comparada aos últimos dias, conforme o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul.

Fonte: Pensar Agro

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora