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MATO GROSSO

Corregedoria Participativa aproxima sociedade civil de Campo Novo do Parecis ao Poder Judiciário

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A programação da Corregedoria Participativa seguiu nessa terça-feira (16 de abril) em Campo Novo do Parecis. A comitiva liderada pelo corregedor-geral da Justiça, desembargador Juvenal Pereira realizou uma série de visitas institucionais ao 16° Companhia da Polícia Militar de Campo Novo do Parecis, à 24 ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), à Delegacia da Polícia Civil, ao Cartório do 1° Ofício de Campo Novo do Parecis e à Casa Lar do município. Além disso, paralelamente, o juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira conduziu inspeção extraordinária na Cadeia Pública de Campo Novo do Parecis.
 
“O propósito da Corregedoria Participativa é aproximar o Poder Judiciário da sociedade civil e dos seus jurisdicionados, colhendo sugestões de melhorias da prestação da tutela jurisdicional. Acredito que temos sido exitosos nesse objetivo”, afirmou o desembargador.
 
Um ponto trazido pelos diversos entes visitados foi o alto número de casos envolvendo violência doméstica no município, detalhou o corregedor. “É alarmante saber desse alto índice e essa tem que ser uma preocupação não só do Poder Judiciário, mas também do Legislativo, do Executivo, da OAB/MT, das associações e da sociedade como todo. É preciso trabalhar em conjunto e realizar uma série de ações e campanhas para mudar esse panorama”, pontuou.
 
O corregedor aproveitou a oportunidade para destacar uma iniciativa da Corregedoria o ”Cartório Inclusivo: integrar para valorizar”, uma parceria com as associações dos Cartórios, que visa oferecer oportunidades de emprego e reintegração social e econômica para vítimas de violência doméstica. “Esta é uma iniciativa louvável que demonstra nosso compromisso com a justiça social e a igualdade de oportunidades”, disse.
 
Em visita às instalações da 16ª Companhia da Polícia Militar de Campo Novo do Parecis, o corregedor, acompanhado das juízas auxiliares da Corregedoria, Christiane da Costa Marques Neves e Cristiane Padim, conheceu a Sala da Patrulha Maria da Penha no local. “E uma honra recebê-los em nossa casa. A cidade tem crescido e nós estamos nos adaptando para melhor atendê-la. Este é um local que fazemos o acolhimento das mulheres vítimas de violência doméstica”, mostrou o tenente coronel da Polícia Militar, Marcos Amorim.
 
O delegado da Polícia Civil, Alexandre Segreto dos Anjos, contou que o município ainda não conta com a rede de enfrentamento à violência doméstica. “Acredito que ela ajudaria muito a lidar com a situação. Para se ter uma ideia, neste ano já lidamos com 18 casos de violência doméstica”.
 
A juíza auxiliar, Christiane da Costa Marques Neves, destacou que a Corregedoria fará essa ponte com a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (Cemulher-MT) para ver a possibilidade de implantação da rede no município. “É preciso instalar a rede, fazer trabalho com os grupos reflexivos com os infratores, reforçar a educação nas escolas, fazer campanhas. Além disso, é preciso divulgar a medida protetiva, uma ferramenta de proteção a mulher”, argumentou.
 
O tema violência doméstica também foi citado no encontro do corregedor e de sua equipe com os advogados na sede da Subseção da OAB/MT de Campo Novo do Parecis. O presidente da 24ª Subseção, André Newton de Figueiredo de Castro, agradeceu a presença do corregedor e parabenizou pela iniciativa de escutar as demandas e sugestões da região.
 
“Devido o alto número de casos criminais, principalmente de casos envolvendo violência doméstica, achamos que seria importante ter um juiz que lidasse apenas com esses processos. Daria mais celeridade principalmente se conseguíssemos a implantação de uma nova vara”, disse.
 
O corregedor ainda visitou o cartório do 1° Ofício de Campo Novo do Parecis, do qual o registrador de imóveis e vice-presidente do IRIB, José de Arimatéia é titular. E a juíza auxiliar, Christiane da Costa Marques Neves visitou a Casa Lar do município que atualmente acolhe 9 crianças e adolescentes entre 1 a 17 anos.
 
Inspeções – Durante o Corregedoria Participativa na segunda e terça-feira (15 e 16/04), a equipe do juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira conduziu inspeção extraordinária na Cadeia Pública de Campo Novo do Parecis.
 
O trabalho de inspeção procura constatar se há o adequado funcionamento do estabelecimento, número de pessoas presas, condições estruturais e funcionais, quais as modalidades de regime de cumprimento, entre outros critérios.
 
“Verificamos que a cadeia possui uma estrutura boa dentro da realidade do Estado. Além disso, ela atualmente conta com 205 presos, sendo acima da sua capacidade que é de 154. Destes detentos 60 trabalham, sendo 39 intramuros e 21 extramuros”, detalhou o magistrado que complementou que ao final de cada inspeção um relatório é produzido. Esse documento é encaminhado ao corregedor, à Secretaria de Estado de Segurança Pública e ao Grupo de Monitoramento de Fiscalização no Sistema Prisional (GMF) do TJMT visando implementar as modificações necessárias.
 
Na quarta-feira (17/04), será a vez do Centro de Detenção Provisória de Tangará da Serra a ser vistoriado e na quinta-feira (18/04), a Cadeia Publica de Barra do Bugres.
 
Sobre o Programa – Corregedoria Participativa busca, principalmente, fortalecer os vínculos entre o Poder Judiciário e a comunidade, fomentando a transparência e a participação cidadã nas atividades judiciais. A iniciativa visa garantir uma Justiça mais acessível e eficiente, considerando as especificidades e demandas de cada comarca.
 
A comitiva do Programa ainda é composta pelos juízes auxiliares Christiane da Costa Marques Neves, Emerson Cajango, e Cristiane Padim da Silva. O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, também acompanha o grupo e é o responsável pelas inspeções nas unidades prisionais.
 
Programação – A comitiva seguirá nesta quarta-feira (17/04), para o município de Tangará da Serra.
 
#Paratodosverem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição das imagens: Foto 1: Equipe da Corregedoria e servidores do Fórum enfileirados, em pé, formando meia lua, posando para foto. Foto 2: corregedor e juíza Christiane Costa Marques visitam instalações da 16ª Companhia da Polícia Militar de Campo Novo do Parecis. Os magistrados estão em pé o o policial militar está ao centro. Foto 3: visita sede da OAB onde todos estão sentados em cadeiras, formando círculo. Foto 4: Juiz Jorge Alexandre e comitiva em frente ao presídio de Campo Novo.
 
Larissa Klein
Assessoria de Comunicação da CGJ-MT
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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