Nesta quarta-feira (12), a Coreia do Norte disparou um míssil balístico, afirmaram o Japão e a Coreia do Sul, pouco depois de Pyongyang acusar os Estados Unidos de “espionagem aérea” por aeronaves e dizer que haveria uma resposta ao ocorrido.
O míssil voou por 74 minutos e caiu a 250 km da costa do Japão, informou a agência de notícias Reuters . Em 27 dias, esta foi a primeira vez que a Coreia do Norte faz um lançamento deste tipo. Neste ano, no total, já foram lançados 12 mísseis.
Ao relatar o ocorrido, o Japão disse que a ação da Coreia do Norte foi uma provocação séria e uma grave violação das resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU).
Nessa segunda (10), os norte-coreanos acusaram os Estados Unidos de violar o espaço aéreo do país na última semana com voos de espionagem. Na ocasião, Pyongyang fez ameaças ao país, afirmando que “não há garantias” de que os aviões norte-americanos não sofram “um acidente tão chocante como a queda”.
“Os EUA intensificaram ainda mais as atividades de espionagem além do nível de guerra, introduzindo massivamente meios de reconhecimento aéreo na península coreana”, afirmou um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Norte em nota divulgada pela agência de notícias estatal KCNA . “É uma clara ameaça à soberania da Coreia do Norte.”
De acordo com ele, “o perigo de uma guerra nuclear está se tornando mais sério” na região.
“O Departamento de Defesa dos EUA anunciou oficialmente seu esquema para colocar um submarino nuclear estratégico nas águas operacionais da península coreana”, afirmou. “Esta é uma situação muito perigosa, pois levará a tensão militar regional a um estado mais crítico e poderá incitar a pior crise de conflito nuclear.”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.