A Coreia do Norte compareceu no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira (13) para defender testes com mísseis balísticos.
A reunião foi marcada após o lançamento de mais um míssil pela capital Pyongyang. O embaixador norte-coreano na ONU, Kim Song, defende estar exercendo o direito de autodefesa e que esta é uma forma de deter forças hostis que possam ameaçar a segurança o país.
O enviado da Coreia do Norte também criticou as manobras militares realizadas por Washington, e disse que foi uma provocação.
Após a reunião, Estados-membros da ONU elaboraram um ”sinal coletivo” de desaprovação pelo teste de mísseis.
A Albânia, Coreia do Sul, Emirados Árabes, Equador, Estados Unidos, França, Japão, Malta, Reino Unido e Suíça emitiram um comunicado em que condenam “nos termos mais fortes possíveis” o lançamento.
“O Conselho não pode continuar calado diante dessas provocações e devemos enviar um sinal claro e coletivo à Coreia do Norte (…) de que esse comportamento é ilegal, desestabilizador e não será normalizado”, diz o comunicado.
A carta também aborda um possível ‘enfrentamento’: “É hora de unir e restaurar a voz do Conselho sobre esta ameaça e agir para enfrentar a ameaça da Coreia do Norte”.
De acordo com o embaixador dos Estados Unidos, Jeffrey DeLaurentis, a Rússia e a China têm impedido o Conselho de Segurança de atuar contra Pyongyang. Os dois países estão entre os cinco Estados-membros permanentes, garantindo poder de veto.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.