Em comunicado, a ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui, disse que o fato de Biden ter admitido que foi uma decisão difícil enviar as bombas mostra que ele tinha consciência das consequências desastrosas do uso desse tipo de munição.
“Condeno veementemente a decisão dos EUA de fornecer armas de destruição em massa à Ucrânia como um ato criminoso perigoso, uma vez que tenta levar o mundo a uma nova calamidade, e exijo que seja retirado imediatamente”, afirmou ela na nota divulgada pela agência de notícias oficial KCNA .
Os Estados Unidos informaram na última sexta-feira (7) que enviaram munições de fragmentação à Ucrânia. Este tipo de munição é conhecido como cluester, e o envio para Kiev foi autorizado pelo presidente Joe Biden.
De acordo com Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional norte-americano, os ucranianos afirmaram que vão minimizar os riscos que estes projéteis podem apresentar contra civis. As armas, segundo a agência de notícias Reuters , são proibidas em mais de 100 países, e fazem parte de um pacote de segurança de 800 milhões de dólares.
A Ucrânia disse que o envio do armamento vai ajudar a libertar o território, invadido desde fevereiro do ano passado, mas prometeu que não seria usado na Rússia.
Após o anúncio da decisão, países aliados dos EUA e organizações internacionais de posicionaram contra o envio das armas. Governos como do Reino Unido, Canadá e Espanha se colocaram contra a medida.
A Alemanha e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), por outro lado, disseram que cabe aos envolvidos decidirem sobre o uso do armamento.
As bombas de fragmentação são condenadas por muitos países porque, ao serem lançadas, espalham explosivos em uma área de aproximadamente 25 mil metros quadrados, podendo ficar ativas por décadas. Isso faz com que as regiões atingidas se tornem uma espécie de “campo minado”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.