O representantes dos 195 países participantes respeitaram um minuto de silêncio por todos os mortos da guerra na Faixa de Gaza na abertura do evento climático.
Sameh Shoukry, ministro das Relações Exteriores do Egito, que presidiu a COP27, apelou aos presentes para “fazerem uma pausa para um momento de silêncio” principalmente em memória de dois diplomatas climáticos recentemente mortos, “bem como de todos os civis que morreram durante o atual conflito em Gaza”.
Na sequência, o presidente da conferência climática da ONU, Sultan Ahmed al-Jaber, dos Emirados Árabes Unidos, fez um apelo para todos garantirem que “o papel dos combustíveis fósseis seja incluído no documento final”.
Em seu discurso, o líder da COP28 enfatizou que “nenhum assunto deve ser omitido” no texto que os delegados dos 195 países participantes irão negociar durante as duas semanas de trabalho, até 12 de dezembro.
Já o secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (Unfccc) ), Simon Stiell, acredita que, “se não decidirmos a fase terminal da era dos combustíveis fósseis como a conhecemos, aceitamos o nosso declínio terminal.E escolhemos pagar com a vida das pessoas”.
Ao recordar que 2023 foi “o ano mais quente de sempre para a humanidade e que tantos recordes terríveis foram batidos”, Stiell alertou que “estamos à beira de um precipício” na frente climática.
O encontro não contará com a presença do papa Francisco, que havia confirmado sua participação, mas precisou cancelar a viagem a Dubai por motivos de saúde.