Com certeza você já viu vídeos fofos de bebês e crianças com cachorros ou gatos circulando na internet . Isso porque, hoje em dia, é cada vez mais comum encontrar famílias com pets que vêm antes mesmo dos filhos e acabam convivendo com a criança desde a gravidez. Essa interação, além de fofa, pode ser bastante benéfica para o desenvolvimento dos pequenos, desde a estimulação das funções cerebrais até a saúde física.
A psicóloga Juliana Gebrim, formada em neuropsicologia pelo Instituto de Psicologia Aplicada e Formação de Portugal (Ipaf), diz que a convivência traz uma série de benefícios para o desenvolvimento social e emocional da criança. “ Cuidar de um animal de estimação faz com que ela aprenda valores como a compaixão, a empatia, a responsabilidade e também proporciona um conforto emocional, uma segurança, ajudando a reduzir níveis de estresse e ansiedade “, explica.
Os bichinhos ajudam a acalmar e relaxar no momento do carinho, por exemplo, que está ligado à produção de ocitocina, hormônio que ajuda a combater o estresse. Além disso, a comunicação e o fortalecimento de laços com outras pessoas também são criados a partir deste convívio, segundo a especialista.
Para além da cabeça
Uma pesquisa da Universidade de Aberta, no Canadá, revelou que os cães reforçam o sistema imunológico dos bebês, diminuindo o risco de desenvolverem alergias. Outra descoberta é que eles também podem proteger da obesidade.
O estudo analisou dados de 700 bebês e mostrou que 46% deles, que conviveram com pelo menos um pet (a maioria, cachorro) desde a barriga da mãe até os três meses após o nascimento, tinham uma riqueza das bactérias Ruminococcus e Oscillospira , que estão ligadas a um menor risco de obesidade e outras doenças.
Sem dúvidas, se relacionar no dia a dia com um animal também promove um estilo de vida mais ativo e saudável para as crianças.
É o caso de Marina Rebouças, 16, que foi criada com muitos cachorros. Ela conta que toda vez que chegava em casa era recebida com muita animação, o que se tornou um momento divertido também para ela. “ Eles já vinham correndo toda vez que eu chegava perto da porta, era uma alegria. Os dias de quem tem um cachorro são bem agitados, às vezes, eu nem queria, mas eles me puxavam para brincar e correr pela casa “, comenta.
O senso de responsabilidade adquirido pela criança também é reforçado com essa relação, que pode ser atribuído ao cumprimento de pequenas tarefas, como alimentar, passear e brincar com o animal: “ Ela vai ter uma responsabilidade, uma disciplina ali dentro dela arraigada ”, ressalta.
Cuidados
No entanto, apesar de atribuir essas tarefas para as crianças no cuidado, é importante lembrar que o pet nunca deve ser responsabilidade delas. É preciso que isso seja monitorado por um adulto, para que não seja colocado um peso nelas e acabar tendo o efeito contrário, caso ela esqueça alguma atividade, por exemplo.
Uma dúvida muito comum dos pais é como promover o contato inicial do filho com o animal. A psicóloga alerta que, no caso de bebês e crianças, esse contato deve ser sempre supervisionado e feito gradativamente para garantir a segurança de ambos.
“ Para bebês é importante você começar ali permitindo que o cachorro cheire alguns objetos antes do primeiro encontro, mas nunca deixe um bebê sozinho com o cachorro e sempre segure firme o bebê durante os primeiros contatos. Para as crianças, tem que ensinar a respeitar o cachorro, explicando a importância de evitar movimentos bruscos, de ter a gentileza e também contar com a supervisão nos primeiros encontros “, explica Juliana.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.