Imagens das atrocidades cometidas pelos terroristas do Hamas nos ataques perpetrados em Israel no dia 7 de outubro foram mostradas à imprensa em coletiva realizada nesta quarta-feira (1º), em São Paulo. O Brasil foi o terceiro país no mundo a ter acesso a esse material inédito: até então, a filmagem só havia sido mostrada em exibições especiais das Forças de Defesa Israelenses (IDF) em Jerusalém e em Nova Iorque.
O encontro, que reuniu os principais veículos de mídia brasileiros, foi organizado pelo Consulado Geral de Israel, a organização StandWithUs Brasil e a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp).
O filme exibido é do Serviço de Imprensa do Exército israelense, compilado a partir de diversas fontes, incluindo imagens de câmeras corporais usadas por terroristas do Hamas, bem como imagens de câmeras de vigilância e mídias sociais. O vídeo tem duração de 40 minutos e mostra, sem censura, cenas brutais de mortes com crueldade, retratando atrocidades cometidas por terroristas do Hamas, incluindo assassinatos brutais, tortura e abuso de pessoas, incluindo crianças e idosos. A intenção, de acordo com os organizadores, foi “demonstrar, na medida do possível, a magnitude dos horrores tal como ocorreram.”
Angústia, terror e crueldade
É difícil descrever com precisão o que se vê nos vídeos, uma vez que o conteúdo em questão é extremamente perturbador. São cenas de tortura, assassinato, violência e desprezo com a vida. Um homem gravemente ferido no abdome é agredido a golpes de enxada. Uma granada é lançada em um abrigo onde vários israelenses se escondem. Ninguém sobrevive à explosão. Outro homem é gravado correndo desesperado até ser atingido por um tiro na cabeça, pelas costas e cair no chão. Banho de sangue. Corpos amordaçados e queimados. Choro de bebês e gritos desesperados deixam tudo ainda pior – como se fosse preciso.
Em outro momento, um dos terroristas usa o celular de uma das vítimas para ligar aos familiares em Gaza e contar feliz sobre as mortes que já tinha provocado.
“Um horror! Já estive na guerra, infelizmente, e já vi de tudo. Mesmo assim, ao ver esta barbárie, fiquei no mínimo chocado. Imperdoável”, relatou o empresário luso-brasileiro Nuno Vasconcellos, representante dos acionistas que controlam o Portal iG e os jornais O Dia e Meia Hora. Apesar de impactado, ele defendeu a documentação das imagens. “Se no pós-guerra o presidente americano não tivesse pedido aos jornalistas para visitarem os campos de concentração, hoje haveria muita gente falando que eles não existiram. Então, por muito que nos custe, infelizmente, precisamos mostrar ao mundo o pior que há dentro de um ser humano para que os atos sejam lembrados e não se voltem a repetir. Ou assim esperamos”, completou.
Foi nessa mesma linha que Rafael Erdreich, consul-geral de Israel em São Paulo, falou sobre a exibição. “Tudo o que está saindo de Gaza está controlado pelo Hamas. O Hamas é uma organização terrorista. E como terroristas, o primeiro desafio deles é causar pânico”, disse o diplomata.
O consulado não permite a divulgação das imagens na íntegra. Uma versão editada foi disponibilizada aos jornalistas, mas o iG optou por não exibir os vídeos em razão do conteúdo sensível e perturbador e por respeitos às vítimas e seus respectivos familiares.
Em 7 de outubro, mais de mil terroristas liderados pelo Hamas invadiram Israel a partir de Gaza por terra, mar e ar em vários locais. Várias aldeias e kibutzim foram dominadas, bem como bases militares. As cidades de Sderot, Ofakim e Be’er Sheva foram alvos do grupo, que ainda atacaram um festival de música no qual centenas de jovens se divertiam. A ação resultou em mais de 1.400 mortos assassinados e mais de 3.500 feridos, além de 230 pessoas sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza, entre eles crianças e idosos. Foi o maior massacre contra judeus em um único dia desde o Holocausto.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.