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MATO GROSSO

Construção da maior ponte de MT valoriza imóveis e atrai investidores para Nova Bandeirantes

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A maior ponte de Mato Grosso que está sendo construída pelo Governo do Estado vai reduzir os custos de transporte para quem tem somente a balsa como meio de transporte terrestre para cruzar o Rio Juruena, entre Nova Bandeirantes e Cotriguaçu, e desenvolver economicamente a região. A melhoria na logística já está atraindo novos investidores, conforme o prefeito de Nova Bandeirantes, César Augusto Périgo.

“A ponte para nós vai ser a redenção da região. Já é um divisor de águas para o investidor, porque vai encurtar caminho. Estão chegando as traddings, investimentos em armazéns, lavouras. Estão previstos mais dois armazéns, com investimento de mais de 100 milhões de reais. Vamos agora para 30 mil hectares de lavoura esse ano”, afirmou.

Com investimento estadual de R$ 252,8 milhões, a ponte de 1.360 metros, na MT-208, começou a ser construída pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra) em abril de 2023 e a previsão é que seja entregue em 2026.
Atualmente, travessia é feita somente de balsa – Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT

Segundo o prefeito, atualmente, os motoristas pagam valores que variam de R$ 120 a R$ 450 por veículo, dependendo do porte, para atravessar de balsa.

“Além de ser demorado, é caro. Hoje para um caminhão passar custa quase 400 reais. Então, hoje é economicamente inviável para uma empresa investir em soja e gado. De balsa é muito sacrifício, demora e, dependendo do horário que chegar, já não tem mais balsa”, afirmou.
Nova ponte vai agilizar o transporte e reduzir custos – Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT

A balsa faz seis travessias diárias entre Nova Bandeirantes e Cotriguaçu, sendo três para cada destino. Em média, 90 veículos atravessam por dia pelo local.

A ponte vai interligar as regiões norte e nordeste do Estado.
Governo também está asfaltando trecho da MT-208 – Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT

Com base nessa prospecção de melhoria na logística, as terras na região já valorizaram.

“Para nós, já é uma nova história, uma área que valia em torno de R$ 30 mil reais o hectare, hoje vale R$ 150 mil o hectare”, declarou.

No trajeto da ponte, o Governo do Estado também está construindo outras três pontes, com 50, 30 e 15 metros de comprimento e o asfaltamento de 59 km da MT-208, ligando os municípios da região.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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