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Agronegócio

Conselho Monetário muda mercado de títulos do Agronegócio e deve afetar Fiagros

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O Conselho Monetário Nacional (CMN) divulgou alterações nas emissões de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), assim como nos ativos do agronegócio, como Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA).

O intuito do governo é aprimorar as políticas de suporte ao agronegócio e imobiliário, garantindo a adequada utilização desses instrumentos. Essa medida tem como objetivo garantir que os Fiagros estejam diretamente ligados às atividades e cadeias produtivas agrícolas, reforçando o alinhamento com o propósito original desses fundos.

A medida deve impactar significativamente os Fiagros (Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas Agroindustriais), que investem principalmente em CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio):

  • Aumento do período de carência das LCAs: O período de carência para as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) foi elevado de 90 dias para 1 ano, ajustando as condições desses instrumentos.
  • Aumento da demanda por CRAs no mercado secundário: A mudança no lastro dos CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) influenciou as operações e transações no mercado secundário, resultando em um aumento da demanda por esses títulos.
  • Maior ligação dos Fiagros com o agronegócio: A principal modificação visa estabelecer uma conexão mais forte entre os Fiagros e as atividades e cadeias produtivas do agronegócio. Essa medida visa garantir que os Fiagros estejam diretamente alinhados com o propósito original de sua criação.

Os Fiagros apresentaram um crescimento considerável nos últimos anos, com o número de CPFs vinculados a esses fundos aumentando de 188 mil para 494 mil no último ano. A custódia total dos Fiagros se aproxima de R$ 12 bilhões, demonstrando a relevância desses instrumentos para o mercado financeiro.

Com as mudanças regulatórias implementadas pelo CMN o funcionamento dos mercados de títulos do agronegócio e imobiliário, devem buscar um direcionamento mais eficiente dos recursos e um maior alinhamento com os objetivos de cada segmento. No caso dos Fiagros, as modificações visam fortalecer a ligação desses fundos com o setor do agronegócio, garantindo que estejam diretamente atrelados às atividades e cadeias produtivas agrícolas.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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