O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou, nesta segunda-feira (10), uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza . Ao todo, a resolução recebeu 14 votos a favor, nenhum contra e uma abstenção da Rússia . Para ser aprovado, vale lembrar, o texto precisa de ao menos nove votos favoráveis e não pode ser vetado por nenhum membro permanente (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China).
A oferta aprovada pelo Conselho de Segurança tem como primeira etapa o cessar-fogo de curto-prazo, além da troca de reféns e prisioneiros. Depois, na segunda fase, a proposta prevê a retirada das forças armadas de Israel da Faixa de Gaza. Por fim, o acordo prevê o início de um plano plurianual de reconstrução de Gaza, destruída após meses de bombardeiros israelenses.
A resolução diz que Israel aceitou o plano de trégua e “apela ao Hamas para que também o aceite”. O Hamas, por sua vez, afirmou em comunicado que “saúda” a votação. “Confirmamos a nossa vontade de trabalhar com os nossos irmãos interlocutores para falar indiretamente sobre como implementar estes princípios que coincidem com o nosso povo e as exigências da resistência”, diz um trecho da nota.
Resolução dos EUA
Os Estados Unidos, um forte aliado de Israel, têm sido amplamente criticados por terem bloqueado vários projetos de resolução anteriores da ONU que apelavam a um cessar-fogo em Gaza.
Mas o presidente Joe Biden lançou no final do mês passado um novo esforço dos EUA para garantir uma trégua e a libertação de reféns. “Hoje votamos pela paz”, disse a embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, após a sessão da ONU.
“Hoje este Conselho enviou uma mensagem clara ao Hamas: aceite o acordo de cessar-fogo que está sobre a mesa. Israel já concordou com este acordo e os combates poderiam parar hoje se o Hamas fizesse o mesmo”, acrescentou.
Balanço da guerra
A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas ao sul de Israel, que resultou na morte de 1.194 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelitas.
A ofensiva retaliatória de Israel matou pelo menos 37.084 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território administrado pelo Hamas.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.