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Conheça Ocacyr Junior, chef de Brasília com deficiência visual

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Conheça Ocacyr Junior, chef de Brasília com deficiência visual
Redação GPS

Conheça Ocacyr Junior, chef de Brasília com deficiência visual

O que alguns poderiam considerar um fator impossibilitante, Ocacyr Junior viu como apenas mais um obstáculo no caminho. Nascido em Formiga, Minas Gerais , ele veio para Brasília com apenas um ano e, por aqui, mostrou que é possível cozinhar sem a visão.

O chef desenvolveu todos os outros sentidos. Pelo olfato, ele sente o cheiro da pizza para saber se está pronta, como você já deve ter sentido aquele cheiro delicioso do bolo quase pronto que está assando. Com a audição, ele escuta as borbulhas do queijo, que indicam a temperatura; e verifica no tato se a massa está no ponto correto, pela crocância.

É por esse passeio pelos sentidos, que Oca, como é chamado pelos amigos, desenvolveu a sua técnica e hoje conquista os paladares mais exigentes.

Tudo começou em 1983, quando Ocacyr tinha apenas 23 anos. Na época, ele era bancário e, por causa de um acidente de carro, foi perdendo a visão gradativamente. Por quase uma década, o jovem passou por 35 cirurgias, entre elas, 12 transplantes de córnea. No último procedimento, teve uma infecção hospitalar que acarretou a cegueira definitiva.

Ao se adaptar à nova realidade, Oca descobriu a gastronomia. Para ser independente, ele procurou uma escola especializada na cidade e fez diversos cursos, entre eles o de Orientação e Mobilidade, no Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV).

Em 2004, Oca, que já cozinhava com o seu pai quando ainda enxergava, fez um curso de pizzaiolo para deficientes visuais com o chef Dudu Camargo e foi o único que se destacou na turma.

Em 2005, Ocacyr participou do congresso Acessibilidade de Deficiente Visual ao Mercado de Trabalho, no Rio de Janeiro. Ele foi a convite de Ethel Rosenfeld, conhecida pela campanha para a legalização da entrada cão-guia como acompanhante de cegos em espaços públicos e privados.

No mesmo ano, ele foi convidado para participar do programa do Jô, onde fez pizza ao vivo e garantiu boas gargalhadas do entrevistador e do público. Ele sabe das suas restrições, mas isso não o limita.

“Todos sabem a dificuldade que o cego tem, mas o cego não é uma pessoa deficiente, ele é uma pessoa eficiente, basta querer. A deficiência está em quem julga essas pessoas.”, diz.

Há nove anos, Edson Celulari entrou em contato com o chef para pedir uma ajuda. Na época, o ator ia interpretar um cedo que herdou a pizzaria do pai, no filme Teu Mundo Não Cabe nos meus Olhos.

Celulari filmou Oca fazendo várias pizzas e também colocou a mão na massa. O filme virou a própria história do chef. “Ele me disse que tudo o que aprendeu para a personagem foi comigo” , disse Junior.

Atualmente, Ocacyr trabalha com pratos sob encomenda, como arroz de polvo e camarões, feijoada, baião de oito, vatapá, caldos, empadões, empadas individuais, quibes assados e congelados, entre outros.

As encomendas podem ser feitas antecipadamente pelo telefone: (61) 98208-6588.

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Fonte: Nacional

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição
André Braga

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.

O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.

“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.

É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.

“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.

O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.

“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.

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Fonte: Nacional

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