A vice-presidente Kamala Harris, que sucederia Joe Biden em caso de morte ou incapacidade, está muito bem posicionada para ser a escolhida dos democratas.
Filha de pai jamaicano e mãe indiana, foi a primeira mulher e a primeira pessoa negra a se tornar procuradora-geral da Califórnia e, mais tarde, a primeira senadora com família de origem sul-asiática.
Como procuradora, ela construiu uma reputação de severidade que poderia ser lucrativa em uma campanha em que questões relacionadas à criminalidade pesam muito. Alguns progressistas, no entanto, criticam-na por suas penas severas para crimes menores, que afetaram principalmente as minorias.
Além disso, a vice-presidente, de 59 anos, apresenta índices de popularidade anêmicos, o que pode levar os democratas a optarem por outro candidato.
Alvo dos republicanos
Nas últimas semanas, os republicanos ampliaram as críticas contra Harris, já prevendo a desistência de Biden.
A estratégia de atacar a democrata ficou escancarada durante a Convenção Nacional Republicana , no início desta semana, quando Donald Trump foi oficializado o representante dos republicanos no pleito de novembro de 2024.
Na ocasião, Harris chegou a ganhar a alcunha de “czar da fronteira”. Isto porque, na visão de membros do Partido Republicano, o alto fluxo de imigrantes nos EUA é de responsabilidade da vice-presidente. De acordo com lideranças republicanas, o aumento de estrangeiros ilegais está aumentando a insegurança no país.